São Paulo, segunda, 20 de julho de 1998

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Acordo leva Arapuã a ter mercadorias

da Reportagem Local

A Arapuã anunciou ontem um acordo com fornecedores para regularizar o abastecimento de suas lojas. Com mais de R$ 700 milhões de dívidas junto a fabricantes de eletrodomésticos, há cinco meses a rede enfrenta dificuldades para conseguir repor mercadorias.
"Em dois ou três dias os problemas de suprimento da Arapuã estarão superados", disse o advogado Sérgio Bermudes, contratado para representar a família Simeira Jacob, dono da cadeia de lojas.
Como a Arapuã entrou com pedido de concordata na Justiça no final de junho, muitos fabricantes estavam com medo de vender mercadorias a prazo. O temor é que os débitos entrem no processo de concordata, em que as dívidas são parceladas a longo prazo.
De acordo com Sérgio Bermudes, pelo menos cinco fornecedores acertaram regularizar o fornecimento à Arapuã, sem exigir pagamento à vista. "Foi uma negociação normal, sem exigência de garantias", disse Bermudes.
Uma das empresas que acertaram o acordo foi a Semp-Toshiba. Sua última remessa de mercadorias para a Arapuã foi em junho, mediante pagamento à vista.
A empresa pretende voltar a abastecer as prateleiras da Arapuã, mas não detalha os termos do contrato.

Restrições
A regularização do fornecimento é especialmente complicada para multinacionais porque as filiais têm restrições impostas pelas matrizes no trato com empresas concordatárias. Mesmo assim, as múltis estão fechando acordos, sob condições mais rígidas do que antes do início da crise da rede.
Nos últimos dias, a Arapuã começou sua reestruturação, numa tentativa de equilibrar suas contas. Oito de suas 250 lojas foram fechadas e a família Simeira Jacob está estudando alternativas para resolver o problema da rede, inclusive a possibilidade de se associar a uma empresa estrangeira. (RG)



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