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Acordo leva
Arapuã a ter
mercadorias
da Reportagem Local
A Arapuã anunciou ontem um
acordo com fornecedores para regularizar o abastecimento de suas
lojas. Com mais de R$ 700 milhões
de dívidas junto a fabricantes de
eletrodomésticos, há cinco meses
a rede enfrenta dificuldades para
conseguir repor mercadorias.
"Em dois ou três dias os problemas de suprimento da Arapuã estarão superados", disse o advogado Sérgio Bermudes, contratado
para representar a família Simeira
Jacob, dono da cadeia de lojas.
Como a Arapuã entrou com pedido de concordata na Justiça no
final de junho, muitos fabricantes
estavam com medo de vender
mercadorias a prazo. O temor é
que os débitos entrem no processo
de concordata, em que as dívidas
são parceladas a longo prazo.
De acordo com Sérgio Bermudes, pelo menos cinco fornecedores acertaram regularizar o fornecimento à Arapuã, sem exigir pagamento à vista. "Foi uma negociação normal, sem exigência de
garantias", disse Bermudes.
Uma das empresas que acertaram o acordo foi a Semp-Toshiba.
Sua última remessa de mercadorias para a Arapuã foi em junho,
mediante pagamento à vista.
A empresa pretende voltar a
abastecer as prateleiras da Arapuã,
mas não detalha os termos do contrato.
Restrições
A regularização do fornecimento é especialmente complicada para multinacionais porque as filiais
têm restrições impostas pelas matrizes no trato com empresas concordatárias. Mesmo assim, as
múltis estão fechando acordos,
sob condições mais rígidas do que
antes do início da crise da rede.
Nos últimos dias, a Arapuã começou sua reestruturação, numa
tentativa de equilibrar suas contas.
Oito de suas 250 lojas foram fechadas e a família Simeira Jacob está
estudando alternativas para resolver o problema da rede, inclusive a
possibilidade de se associar a uma
empresa estrangeira.
(RG)
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