São Paulo, terça-feira, 20 de agosto de 2002

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EUA

Queda é a maior desde setembro

Índice de indicadores americanos cai 0,4%

DA REDAÇÃO

O índice dos principais indicadores norte-americanos sofreu no mês passado a maior queda registrada desde setembro. Segundo o Conference Board, órgão privado de pesquisas com base em Nova York, o índice dos chamados "leading indicators" recuou 0,4% em julho, para 111,7 pontos. No mês anterior havia ocorrido uma queda de 0,2%.
Seis dos dez indicadores que compõem o índice caíram no mês passado, em uma nova mostra de que a recuperação econômica dos EUA ainda é frágil. Os maiores recuos aconteceram nos preços das ações, que tiveram um declínio acentuado em julho, e nas expectativas dos consumidores.
Ainda assim, a queda nos "leading indicators" ficou ligeiramente acima das estimativas dos analistas do mercado financeiro, que esperavam uma queda de 0,5%. Os investidores não se incomodaram com a queda no índice, e as Bolsas norte-americanas fecharam em alta.
"Mercados financeiros voláteis, escândalos corporativos e expectativa dos consumidores em baixa são pontos de preocupação", disse Ken Goldstein, economista do Conference Board. "Mas os últimos números não mostram uma retração no consumo, com os mercados imobiliário e de carros ainda se mantendo elevados."
O índice dos "leading indicators" dá uma idéia de como se comportará a economia no período dos próximos três a seis meses. Seu ano base é 1996, quando o índice foi fixado em 100 pontos. Em julho, o indicador do Conference Board recuou pela terceira vez nos últimos quatro meses.

Nova recessão?
Os economistas norte-americanos estão divididos quando à possibilidade de que ocorrerá uma nova recessão, ainda que breve, antes de a economia do país retomar um período de expansão mais duradoura. No ano passado, os EUA caíram em seu primeiro ciclo recessivo desde 1991.
Para que seja afastada a possibilidade de que haja uma chamada "recessão de duplo mergulho", os analistas das principais instituições financeiras do país consideram que o Federal Reserve (banco central) pode fazer um novo corte na taxa de juros, que hoje está em 1,75% ao ano. A redução ajudaria a manter o consumo elevado e estimular o mercado financeiro. O governo também já estuda novas medidas de incentivo econômico.


Com agências internacionais


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