DA REDAÇÃO

Os investidores não se importaram muito com novos indícios de que a recuperação econômica dos EUA continua fraca. O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York subiu 2,42%, puxado pelos resultados de grandes companhias do setor de varejo e de empresas tecnológicas, e atingiu seu maior patamar em seis semanas.
A compra de ações consideradas muito baratas continua a estimular a recuperação nos mercados norte-americanos. A Nasdaq subiu 2,46%, e o índice Standard & Poor's 500 ganhou 2,36%. O baixo rendimento dos títulos do governo também explica as altas.
"Os investidores estão mais tranquilos", afirmou Brian Belski, estrategista de investimentos do banco US Bancorp Piper Jaffray. "Se as Bolsas vão se manter em alta é uma questão em aberto. Primeiro, porque os mercados estão subindo há quatro semanas consecutivas. Segundo, porque é temporada de férias em Wall Street."

Europa
As ações européias fecharam ontem nas maiores cotações em mais de um mês, em parte por influência dos EUA. Os ganhos foram liderados pela Vivendi Universal, cujo plano de reestruturação foi bem recebido.
O índice FTSE Eurotop, com as 300 principais empresas européias, ganhou 2,94% e encerrou o dia no seu melhor nível desde o dia 10 de julho. O Eurotop já ganhou cerca de 15% no último mês, depois de ter atingido sua pior marca dos últimos cinco anos no dia 24 de julho.
As ações da franco-americana Vivendi Universal, a segunda maior empresa de mídia do planeta, subiram 22,5%. A alta recuperou parte da desvalorização de 40% sofrida na semana passada, quando a companhia foi rebaixada por agências de classificação de risco. O salto da Vivendi fez a Bolsa de Paris subir 3,52%. O preço da ação do grupo estava num valor muito baixo, e os investidores aproveitaram a oportunidade.
Em Frankfut, empresas relacionadas com a construção civil puxaram os ganhos. Para os investidores, haverá um aumento na atividade do setor por causa dos danos causados pela enchentes. O índice DAX subiu 4,15%.
Já a Bolsa de Londres ganhou 2,24%. Empresas tecnológicas, como a Vodafone, puxaram os ganhos, que elevaram o índice FTSE 100 ao maior nível em cinco semanas e meia.