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São Paulo, quarta-feira, 20 de agosto de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Aposta dominante é que juros caiam 1,5 ponto percentual, mas corte de 2 pontos não é descartado

Mercado opera tímido à espera do Copom

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dia de negócios brandos marcou o mercado acionário ontem. Investidores preferiram ser cautelosos e esperar o anúncio, na tarde de hoje, da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre os juros básicos da economia.
A Bovespa fechou praticamente estável, com pequena valorização de 0,08%. Foi o nono pregão seguido de alta da Bolsa de Valores de São Paulo. Ontem, o Ibovespa (principal índice da Bolsa paulista) fechou aos 14.157 pontos, ainda o maior nível desde março do ano passado.
Mais uma redução na taxa básica de juros hoje poderá significar ânimo extra para o mercado de ações. O encolhimento dos juros pagos nas aplicações de renda fixa pode se refletir em migração de recursos para a Bovespa.
A expectativa preponderante no mercado é a de que a taxa básica (Selic) seja reduzida em 1,5 ponto percentual, indo dos atuais 24,5% para 23% ao ano. Mas há instituições financeiras que apostam na possibilidade de os juros caírem até 2 pontos percentuais.
"Acredito que o Copom corte os juros em 1,5 ponto percentual, apesar de tecnicamente haver espaço para redução um pouco maior", afirma Adolpho Nardy Filho, diretor de operações e finanças do banco Cruzeiro do Sul.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o contrato DI -que segue os juros interbancários- de prazo de vencimento mais curto fechou com taxa de 22,92%, pouco mais de 1,5 ponto percentual abaixo da Selic.
O economista-chefe do ABN-Amro Asset Management, Hugo Penteado, acredita que a Selic será reduzida para 23% ao ano.
As ações preferenciais da Klabin, destaque de valorização neste ano, lideraram as altas de ontem da Bovespa, com ganho de 4%.
Apesar do forte lucro registrado no primeiro semestre, as ações da Petrobras acabaram sendo as que mais perderam no pregão de ontem. As quedas de 2,6% das ações ON da empresa e de 2,2% das PN refletiriam o desempenho mais fraco da petrolífera no segundo trimestre do ano.
O dólar oscilou pouco, fechando com recuo de 0,47%. A moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 2,988. Além do Copom, o mercado de câmbio opera hoje atento ao início da rolagem de uma dívida cambial do governo de US$ 930 milhões.
(FABRICIO VIEIRA)


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