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MERCADO FINANCEIRO
Aposta dominante é que juros caiam 1,5 ponto percentual, mas corte de 2 pontos não é descartado
Mercado opera tímido à espera do Copom
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dia de negócios brandos
marcou o mercado acionário ontem. Investidores preferiram ser
cautelosos e esperar o anúncio, na
tarde de hoje, da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre os juros básicos da economia.
A Bovespa fechou praticamente
estável, com pequena valorização
de 0,08%. Foi o nono pregão seguido de alta da Bolsa de Valores
de São Paulo. Ontem, o Ibovespa
(principal índice da Bolsa paulista) fechou aos 14.157 pontos, ainda o maior nível desde março do
ano passado.
Mais uma redução na taxa básica de juros hoje poderá significar
ânimo extra para o mercado de
ações. O encolhimento dos juros
pagos nas aplicações de renda fixa
pode se refletir em migração de
recursos para a Bovespa.
A expectativa preponderante
no mercado é a de que a taxa básica (Selic) seja reduzida em 1,5
ponto percentual, indo dos atuais
24,5% para 23% ao ano. Mas há
instituições financeiras que apostam na possibilidade de os juros
caírem até 2 pontos percentuais.
"Acredito que o Copom corte os
juros em 1,5 ponto percentual,
apesar de tecnicamente haver espaço para redução um pouco
maior", afirma Adolpho Nardy
Filho, diretor de operações e finanças do banco Cruzeiro do Sul.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o contrato DI
-que segue os juros interbancários- de prazo de vencimento
mais curto fechou com taxa de
22,92%, pouco mais de 1,5 ponto
percentual abaixo da Selic.
O economista-chefe do ABN-Amro Asset Management, Hugo
Penteado, acredita que a Selic será
reduzida para 23% ao ano.
As ações preferenciais da Klabin, destaque de valorização neste
ano, lideraram as altas de ontem
da Bovespa, com ganho de 4%.
Apesar do forte lucro registrado
no primeiro semestre, as ações da
Petrobras acabaram sendo as que
mais perderam no pregão de ontem. As quedas de 2,6% das ações
ON da empresa e de 2,2% das PN
refletiriam o desempenho mais
fraco da petrolífera no segundo
trimestre do ano.
O dólar oscilou pouco, fechando com recuo de 0,47%. A moeda
norte-americana encerrou o dia
vendida a R$ 2,988. Além do Copom, o mercado de câmbio opera
hoje atento ao início da rolagem
de uma dívida cambial do governo de US$ 930 milhões.
(FABRICIO VIEIRA)
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