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Ocean Air pede locais da Transbrasil
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
O proprietário da empresa
Ocean Air, German Efromovich,
aproveitou a intensa discussão sobre o setor aéreo para apresentar
ao governo federal proposta de
ampliação de uma empresa de
transporte de cargas herdando os
terminais da Transbrasil, que deixou de operar no final de 2001. O
governo, porém, resiste à idéia.
A Ocean Air é líder no transporte regional de passageiros, e a intenção de Efromovich, que é originalmente do grupo Marítima
(de plataformas), é ampliar o negócio para cargas. A Transbrasil
tinha, por exemplo, o maior terminal de cargas do aeroporto de
Guarulhos.
Com a falência, o governo cassou a concessão de uso dos terminais de carga e também dos hangares da Transbrasil -e ela tinha
bons hangares em alguns dos
principais aeroportos do país, como São Paulo e Brasília.
Toda essa estrutura, porém,
continua intacta, sobrevivendo a
uma queda-de-braço entre os antigos donos da Transbrasil e setores do governo.
A expectativa do mercado é que
os hangares e os terminais de carga sejam licitados, e tanto a Gol
quanto a Variglog e a Vaspex (os
braços de cargas da Varig e da
Vasp, respectivamente) já se habilitaram informalmente.
A Ocean Air, que herdou importantes linhas regionais da Rio-Sul, depois que essa empresa foi
anexada à Varig, está expandindo
negócios em duas direções: tanto
para o setor de cargas quanto para
a América Latina. Já comprou a
Avianca, da Colômbia.
O Ministério da Defesa e a Infraero, a quem Efromovich encaminhou a proposta, estão reticentes em aceitá-la. Argumentam
que, ao falir, a Transbrasil deixou
débitos em diferentes áreas: governo, dívidas trabalhistas e passagens não honradas de clientes.
Não é possível dar um destino ao
espólio sem definir responsabilidades, créditos e débitos.
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