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MERCADO ABERTO
Denúncia gera ansiedade no mercado
A denúncia de ontem envolvendo o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho,
provocou ansiedade entre os
investidores externos, segundo o
economista Paulo Leme, do
Goldman Sachs. A sua percepção
é que a imagem de um dos principais alicerces do governo, a figura de Antonio Palocci, foi atingida, independentemente do fato
de a denúncia ser verídica ou
não. "Na medida em que se traz o
ministro da Fazenda como um
dos atores da crise, o mercado fica ansioso", afirma. "Foi um solavanco importante."
Leme atribui a três fatores o fato de os mercados ainda não terem sido contagiados pela crise
política. São eles: a alta liquidez
internacional; o comportamento
positivo da balança de pagamentos e a credibilidade do ministro
da Fazenda. "São esses pontos
que têm isolado o mercado dessa
alta volatilidade política, mais até
do que o justificável", afirma.
Segundo o economista, a preocupação do investidor começa a
ser crescente em relação ao Brasil, diante de tantas denúncias,
principalmente depois do envolvimento de Palocci. "Foi um abalo importante", diz Leme. O pior,
segundo ele, é que essa denúncia
vem logo depois do depoimento
bombástico do publicitário Duda
Mendonça e da entrevista à revista "Época" do deputado Valdemar Costa Neto.
Leme recomenda que, além de
medidas no âmbito da política, o
governo também se preocupe
com a condução da dívida interna. Ao tentar alongar os prazos
de vencimentos dos títulos da dívida para 18 e 26 meses, num momento como o atual, o governo
tem promovido uma alta dos juros futuros com o objetivo de tornar esses papéis atraentes. Isso, a
seu ver, só contribui para aumentar a ansiedade.
FRASE
"Na medida em que se
traz o ministro da
Fazenda como um dos
atores da crise, o
mercado fica ansioso
[...] Foi um solavanco
importante"
NOVA CASA
Um espaço novo para eventos empresariais e sociais, como
lançamentos de produtos, desfiles ou festas, com capacidade
para até 2.500 pessoas. Com esse foco e 2.700 m2 de área construída, acaba de ser inaugurado o Morumbi Hall, no Brooklin.
"São Paulo tem pouquíssimas opções para jantares de 1.200
pessoas sentadas. As casas de espetáculos e noturnas, muitas
com essa capacidade, não podem ser locadas nos fins de semana porque têm programação de shows e "baladas'", diz Rosa
Falcone, diretora da equipe de eventos, ao apontar o que considera ser um dos diferenciais do local. Em anos anteriores, ela
trabalhou em outras casas, como o Gallery, o Leopolldo e a Via
Funchal. Já o serviço de alimentos e bebidas ficará a cargo de
Reinaldo Abramovay, ex-sócio da rede Amor aos Pedaços.
INADIMPLÊNCIA
O índice de inadimplência com
cheques deve ficar em torno de
2,28% no segundo semestre de
2005, de acordo com estimativa
da Telecheque. Ainda segundo a
empresa de gestão de riscos e
concessão de crédito com cheques, se confirmado, o valor representará queda de 20,27% em
relação aos seis primeiros meses
de 2005 (que ficou em 2,86%) e
crescimento de 7,54% na comparação com o mesmo período
do ano passado (2,12%).
OUTRA PARCERIA
As redes de varejo continuam a
acertar parcerias com empresas
de outros setores. A C&A acaba
de fechar acordo com a TIM em
que os clientes da operadora ganham o direito de recarregar
seus celulares pré-pagos nos caixas das 105 lojas da rede no país.
O pagamento poderá ser efetuado em cheque ou dinheiro. Se o
cliente da operadora tiver o cartão C&A, poderá comprar o crédito do celular e pagar no vencimento do cartão da rede.
ESTAGNAÇÃO
Os processos de abertura
comercial e de expansão da
informalidade urbana contribuíram para que a produtividade do trabalhador latino-americano ficasse quase estagnada nos anos 90. A análise é da Cepal (comissão da
ONU), em relatório sobre a
região. O primeiro fenômeno
ajudou a elevar a produtividade nos setores primário e
secundário, enquanto a informalidade prejudicou o terciário (varejo), mais na segunda
metade dos anos 90. A partir de 1997, porém,
só o setor primário manteve a
trajetória de alta, devido especialmente à modernização da
agricultura empresarial, com
base, por exemplo, no uso intensivo de capital e na expansão da mineração.
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