São Paulo, sábado, 20 de agosto de 2005

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"RISCO-MENSALÃO"

Bovespa, que chegou a recuar 2,87% ontem, tem valorização acumulada de apenas 1,71% neste ano

Instabilidade política afeta ganhos na Bolsa

DA REPORTAGEM LOCAL

O turbulento dia nos mercados ontem fez com que a Bolsa de Valores de São Paulo encerrasse a semana com perdas acumuladas de 1,14%. Quando surgiu a informação, no fim da manhã, de que Rogério Buratti, advogado e ex-assessor de Palocci, acusou o ministro da Fazenda de fazer parte de um suposto esquema de propina quando era prefeito de Ribeirão Preto, o mercado estava relativamente calmo. A notícia caiu como uma bomba.
A Bovespa estava em terreno positivo, chegando a marcar alta de 1,05% pela manhã. No pior momento do dia, a Bolsa registrou perdas de 2,87%. No fim do pregão, com os investidores menos tensos, o mercado de ações se recuperou um pouco, para encerrar com baixa de 0,95%.
Com a queda da semana, a valorização da Bovespa no ano passou a ser de apenas 1,71%. Ou seja, o mercado acionário está perto de voltar a ficar no vermelho no ano.
Em 2003 e 2004, a Bolsa foi destaque entre as aplicações do mercado financeiro. No ano passado, a alta do Ibovespa ficou nos 17,81%.
Mas, nesse período de forte turbulência no cenário político -apesar de os fundamentos econômicos estarem bastante positivos-, a Bolsa tem patinado.
Neste mês, até o dia 16, os fundos de ações estão com captação líquida (diferença entre o aplicado e o sacado) negativa de R$ 158,9 milhões. Os dados pertencem a balanço feito pela Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento).
Das 55 ações que compõem o principal índice da Bolsa (o Ibovespa), apenas 19 conseguiram subir na semana.
A maior valorização ficou com a ação ON (ordinária) do Banco do Brasil, que subiu 8,21% nesta semana. As ações do setor bancário têm sido destaque neste ano, impulsionadas pelos lucros recordes das instituições financeiras.
A ação preferencial da Tele Leste Celular foi a que mais caiu na semana, com perdas de 5,69%.
(FABRICIO VIEIRA)


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