São Paulo, quinta, 20 de agosto de 1998

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Fundo não censura destinação de recurso

ALESSANDRA BLANCO
de Nova York

O fato de a Rússia ter usado parte do empréstimo do FMI (Fundo Monetário Internacional) para tentar segurar a desvalorização de sua moeda, o rublo, em vez de utilizá-lo completamente no pagamento de dívidas, não diz respeito ao organismo, informou ontem à Folha um membro da direção do fundo que pediu para não ser identificado.
"Todo empréstimo do FMI é feito para reforçar a balança de pagamentos, para que o país continue com condições de fazer frente a compromissos externos, mas a maneira como o país vai usar esse dinheiro já não é mérito do FMI", disse.
Ontem, a agência de notícias Itar-Tass informou que o diretor do banco central russo, Sergei Dubinin, havia informado a um membro do Parlamento que gastou entre US$ 3,5 bilhões e US$ 3,8 bilhões para segurar o rublo desde 20 de julho.
"Nós recebemos US$ 4,8 bilhões do FMI e, desse total, US$ 1 bilhão foi para o Ministério das Finanças para o fundo de gastos orçamentários. O Banco da Rússia (banco central) gastou (em torno de) US$ 3,8 bilhões para segurar o câmbio", teria dito Dubinin.



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