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Bolcheviques, Stálin e Kruschov também promoveram calotes
da "Reuters"
A mudança da política monetária da Rússia anunciada nesta semana é mais uma na lista de ocasiões em que, neste século, o governo fez caixa à custa do público
e dos credores estrangeiros.
Quando os bolcheviques subiram ao poder, em 1917, suas decisões iniciais incluíam a suspensão
do pagamento de bônus, no valor
de dezenas de milhares de rublos,
vendidos pelo governo czarista na
Europa para cobrir os custos da
Primeira Guerra Mundial.
Em dezembro de 1947, o ditador
soviético Josef Stálin iniciou uma
reforma monetária draconiana,
que limpou os bolsos de milhões
de pessoas já empobrecidas pela
Segunda Guerra Mundial. Apenas
uma pequena percentagem dos
depósitos bancários foi trocada
pela nova moeda à razão de 1 por
1. O restante foi substituído por
valores entre 3 por 2 e 10 por 1.
Em 1961, outro líder soviético,
Nikita Kruschov, promoveu nova
reforma, trocando 10 rublos por 1
da nova divisa. Logo depois,
anunciou um grande aumento nos
preços oficiais de produtos básicos, uma desvalorização na prática devido ao sistema de salários fixos e moeda não conversível.
O declínio do império soviético
levou a mais turbulência financeira. No final dos anos 80, com o fim
do comunismo, a acelerada inflação em rublo fez desaparecer os
produtos e tornou a moeda nacional virtualmente inutilizável.
Em 1993, novo pânico foi gerado
quando os russos tiveram apenas
poucos dias para gastar os rublos
impressos durante a era soviética
antes de sua conversão para a nova versão da moeda.
A partir de 1995, o governo, buscando estabilizar as finanças, começou a defender a cotação do rublo, à custa do desenvolvimento
da indústria nacional. Em janeiro
deste ano, houve nova troca de
moedas, quando um rublo novo
passou a valer por mil antigos.
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