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Venda terá de
ser em leilão,
diz ministro
da Sucursal do Rio
O ministro das Comunicações,
Luiz Carlos Mendonça de Barros,
disse ontem que a venda da participação de 25% que o BNDES tem
no capital da Tele Norte Leste terá
que ser feita em leilão.
Mendonça de Barros não quis
entrar em detalhes, afirmando que
o assunto é de competência do
BNDES, do qual ele era presidente
antes de assumir o ministério.
A participação do banco na Tele
Norte Leste foi comprada por R$
686,8 milhões após o leilão de privatização realizado no dia 29 de
julho. O BNDES entrou na sociedade por meio da sua subsidiária
BNDESPar (Participações).
A informação dada ontem pelo
ministro pode atrapalhar a inclinação do banco por vender sua
participação a uma operadora estrangeira de telecomunicação.
Na semana passada, o presidente
do BNDES, André Lara Resende,
disse que a venda para uma operadora não é uma obrigação, mas é
um caminho "natural".
A Tele Norte Leste abrange as
operadoras de telefonia fixa de 16
Estados, do Rio ao Amazonas.
Ela foi comprada por R$ 3,434
milhões por um consórcio nacional liderado pela construtora Andrade Gutierrez e integrado também pelos grupos La Fonte (família Jereissati), Macal, Inepar, fundos de pensão e seguradoras ligadas ao Banco do Brasil.
Após resistir a financiar o consórcio, por considerar que ele tinha excesso de participação estatal
e porque ele não teria mostrado
garantias para pagar todo o valor
da tele, o BNDES acabou se associando ao grupo.
Saneamento
O ministro defendeu que o governo federal crie um modelo único para a privatização do setor de
saneamento básico no país e que
esse processo seja controlado pelo
CND (Conselho Nacional de Desestatização).
Mendonça de Barros reconheceu que essa centralização não depende do governo federal porque
as redes de saneamento básico são
concessões municipais e estaduais. Teria que haver um acordo
geral sobre o assunto.
De acordo com o ministro, "o
governo tem muito medo de começar errado a privatização do saneamento".
A preocupação, segundo ele, decorre do fato de o saneamento ter
uma componente social maior
que as telecomunicações.
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