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PREÇOS
Queda em São Paulo perde ritmo, e economista prevê -0,70% para o fechamento deste mês
Deflação supera 1%, constata Fipe
ALESSANDRA KIANEK
da Redação
A queda dos preços continua em
São Paulo, mas já dá sinais de que
vai começar a perder o fôlego, na
avaliação da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Dados divulgados ontem mostram que os preços recuaram
1,05%, em média, na cidade de São
Paulo nos últimos 30 dias terminados em 15 de agosto.
Essa taxa é a menor já registrada
desde 86, quando a Fipe começou
a medir a inflação na forma quadrissemanal. Na primeira quadrissemana deste mês, a queda foi de
1%.
Segundo Heron do Carmo, economista e coordenador do IPC
(Índice de Preços ao Consumidor)
da Fipe, a deflação de 1,05%, mesmo sendo um pouco maior que a
anterior, já é sinal de que o ritmo
de queda está diminuindo.
Com o resultado apresentado na
segunda quadrissemana, Heron
do Carmo prevê que a deflação de
agosto ficará em torno de 0,70%,
número próximo à deflação de julho, que foi de 0,77%. Em agosto
do ano passado, os preços apresentaram queda de 0,76%.
Alimentos
Os alimentos foram novamente
os responsáveis pela queda do índice. Na segunda quadrissemana,
os alimentos caíram 1,66%, a mesma taxa registrada na quadrissemana anterior. Os produtos "in
natura" recuaram 4,37%.
Na próxima quadrissemana esses alimentos devem começar a se
recuperar, prevê Heron do Carmo.
O vestuário, devido às liquidações, apresentou queda de 3,27%,
puxado pela retração de 4,61% da
roupa feminina. "O vestuário deve continuar caindo até o fim do
mês, mas o ritmo não está muito
intenso", afirma Heron do Carmo.
O grupo habitação apresentou
queda de 0,32%, levados pela retração dos aparelhos de imagem e
som (-2,28%). Os preços dos aluguéis continuam em queda
(-0,24%).
Combustíveis
O grupo dos transportes caiu
1,25%, puxado principalmente
pela queda dos preços dos combustíveis. O álcool teve retração de
7,34%, devido à redução da demanda e à liberação dos preços
antes controlados pelo governo.
Nos últimos 12 meses até julho,
o álcool ficou 4,09% mais barato.
Mesmo assim, desde o início do
Plano Real os preços acumulam
alta de 43,67%.
Na segunda quadrissemana, a
gasolina recuou 1,67%. No acumulado dos últimos 12 meses, o
aumento registrado é de 1,40%, e
no Real, de 40,76%.
A redução do IPI fez com que os
preços dos veículos ficassem mais
baratos. A queda na segunda quadrissemana foi de 1,20%.
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