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COMÉRCIO
Divergência é sobre etiquetas de preços nos supermercados
Justiça pressiona Procons para
apoio no despacho de Calheiros
ABNOR GONDIM
da Sucursal de Brasília
O Ministério da Justiça pressionou ontem representantes de 21
Procons, órgãos estaduais de defesa do consumidor, a aprovar nota
de apoio ao despacho que obriga
os supermercados a afixar preços
nos produtos até 11 de setembro.
Os Procons que se recusarem a
autuar os supermercados infratores poderão sofrer ações judiciais,
segundo anunciou o diretor-substituto do DPDC (Departamento de
Proteção e Defesa do Consumidor) do Ministério da Justiça, José
Humberto Fernandes.
A nota de apoio foi sugerida pelo
diretor do DPDC por causa das declarações de representantes de
Procons que contestaram o despacho após participar de reunião
convocada pelo ministro Renan
Calheiros (Justiça).
"Os Procons têm de cumprir a
lei", disse Fernandes, com base
no artigo 31 do Código de Defesa
do Consumidor, que exige "informação clara" sobre o preço na
oferta e apresentação do produto.
Segundo o diretor-substituto do
DPDC, se algum Procon resistir ao
cumprimento do despacho, os
consumidores poderão acionar
outras instituições do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor
para exigir a afixação dos preços,
como o Ministério Público.
Segundo o diretor-substituto do
DPDC, a nota foi aprovada por
unanimidade, inclusive com o
apoio da diretora do Procon de
São Paulo, Maria Inês Fornazaro.
"Não temos problemas em São
Paulo. Esse despacho não tem força de lei", disse a diretora do Procon de São Paulo à Folha, anteontem. "Quem fala agora é ele",
disse ela ontem, referindo-se ao
diretor-substituto do DPDC.
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