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País ameaça não usar reserva para pagar Bird
DE BUENOS AIRES
O governo argentino ameaça não usar as reservas internacionais para evitar dar calote nos organismos financeiros internacionais, apesar das advertências do FMI (Fundo Monetário Internacional) sobre possíveis sanções.
Em outubro, a Argentina deve pagar uma dívida de US$ 800 milhões ao Bird (Banco
Mundial). Como esse pagamento não pode ser adiado por mais de um mês, o país teria poucas semanas para fechar um acordo com o FMI.
Caso fracasse, a opção seria honrar a dívida com as reservas, hoje estão em US$ 9,4 bilhões. A única outra possibilidade seria ignorar as advertências do FMI e dar o calote nos organismos.
A difícil situação do governo foi exposta ontem pelo chefe de gabinete, Alfredo Atanasof, para quem não seria prudente "colocar em jogo a estabilidade
do peso e dos preços" sem garantias de que haveria acordo.
Para Atanasof e também para
boa parte dos analistas, a queda
das reservas encerraria um período de estabilidade cambial
que já dura três meses.
Além disso, entre os principais pré-candidatos à Presidência da República, apenas Ricardo López Murphy defendeu que o calote deve ser evitado incondicionalmente.
Condições
Na noite de anteontem, o diretor-gerente do FMI, Horst Köhler, enviou carta ao presidente Eduardo Duhalde em que reafirmou a necessidade de que a Argentina cumpra com as condições já estabelecidas para que haja acordo. O presidente teria se comprometido a mostrar avanços durante telefonema realizado ontem. (JS)
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