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Citi paga indenização de US$ 240 mi
DA REDAÇÃO
O Citigroup, maior instituição financeira dos EUA, concordou ontem em desembolsar US$ 240 milhões para encerrar um processo contra uma de suas subsidiárias. A Associates First Capital, comprada pelo Citi há dois anos,
teria lesado e enganado 2 milhões de clientes e segurados.
A Associates era acusada de ter cobrado taxas e valores abusivos,
entre 1995 e 2000, ao conceder empréstimos e financiamentos a
pessoas físicas consideradas de "alto risco". A indenização a ser
paga pelo Citi, de acordo com a Comissão Federal de Comércio
(FTC, na sigla em inglês), é a maior já conseguida pelo órgão.
O processo, aberto pela FTC em março do ano passado, acusa a
Associates First Capital de ter usado propaganda enganosa para induzir pessoas a refinanciarem antigos débitos, só que a taxas e juros mais elevados.
O presidente da FTC,Timothy
Murris, afirmou que as financeiras se aproveitaram por muito
tempo "da praga do abuso e da
trapaça". "Os danos provocados
por esse tipo de conduta -a perda das economias de uma pessoa,
até mesma da casa dela- são sérios", disse Murris.
A indenização permitirá que os
clientes da financeira recuperem
até 60% do que perderam com as
práticas consideradas enganosas.
Os problemas ocorreram antes de
a companhia ser vendida para o
Citi, que, desde que a adquiriu, fez
várias reformulações.
O Citigroup comprou a Associates em novembro de 2000, da
Ford. Na época, desembolsou
US$ 27 bilhões pelo negócio.
CSFB na mira
Outro gigante financeiro, o Crédit Suisse First Boston, sofreu um
baque ontem. O Estado de Massachusetts pediu que a procuradoria de Nova York indicie criminalmente o banco, sob acusação de
fraude contra o mercado financeiro.
De acordo com as acusações,
que se valem de e-mails como
provas, os analistas da divisão de
pesquisa do CSFB teriam agido
sob pressão para evitar o rebaixamento da classificação de empresas que eram importantes clientes
do banco.
Desde que começaram a surgir
evidências de conflito de interesses entre analistas e corretores nos
grandes bancos de investimentos
de Wall Street, trazidas à luz pelos
procuradores de Nova York, outros Estados norte-americanos
também começaram a investigar
o assunto. O primeiro banco a ficar sob suspeita foi o Merrill Lych,
que pagou uma indenização de
US$ 100 milhões, em maio, para
encerrar o processo.
Outro banco na mira dos investigadores é o Salomon Smith Barney, divisão de investimentos do Citigroup.
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