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Fraude da WorldCom pode ser US$ 3 bi maior
DA REPORTAGEM LOCAL
A gigante de telefonia americana WorldCom poderá dizer hoje às agências reguladoras dos EUA que escondeu um prejuízo ainda maior do que aquele que já admitiu com suas práticas de contabilidade ilegais. Com isso, a fraude da
empresa passaria dos mais de US$ 7 bilhões já admitidos para
acima de US$ 9 bilhões.
Segundo uma fonte ouvida pelo
jornal americano "Wall Street
Journal" o erro adicional nas contas maquiadas da WorldCom seria de US$ 2 bilhões. Outra fonte,
entrevistada pela agência Reuters,
porém, afirma que o erro pode
chegar a US$ 3 bilhões.
A empresa, sediada em Clinton,
no Estado do Mississipi, não comentou as informações.
Quando o escândalo em torno
da empresa estourou, ela informou as autoridades que havia
maquiado seu balanço colocando
US$ 3,85 bilhões de prejuízos como despesas. No mês passado,
entretanto, a empresa anunciou
que, na verdade, a fraude era ainda maior. US$ 3,83 bilhões maior.
Na ocasião, a empresa anunciou
que, à medida que as investigações internas avançassem, o prejuízo maquiado poderia ficar ainda maior.
A empresa também admitiu
que pode ter incorporado irregularmente valores a seu patrimônio, ferindo as regras da SEC (a
Comissão de Valores Mobiliários
dos EUA). Atualmente em US$
50,6 bilhões, a contabilidade do
patrimônio da empresa em 2000,
2001 e 2002 será reavaliada.
Uma das coisas que a WorldCom realmente fez, indo contra a
SEC, foi incorporar os resultados
da brasileira Embratel, na qual
tem participação majoritária.
Com isso, a empresa maquiava
ainda mais seu resultado e parecia
mais saudável para os acionistas
do que realmente estava.
Segundo as fontes entrevistadas
pelo "WSJ" e pela Reuters, essa
deverá ser a última revisão nas irregularidades da empresa, descobertas pela investigação interna
da WorldCom.
Embratel
A Embratel informou, em nota,
que reitera sua independência
operacional e financeira em relação à sua controladora, a WorldCom.
"É a WorldCom -e não a Embratel- que determina qual deve
ser o tratamento contábil do resultado dos seus investimentos,
incluindo a Embratel. Seja qual
for essa determinação, não haverá
qualquer impacto nas demonstrações contábeis da empresa",
diz a nota.
Desde 2001, o balanço da Embratel não é consolidado ao da
WorldCom, ou seja, o resultado
da brasileira não aparece nas contas da controladora.
Tyco
Em outro caso de fraudes, desta vez envolvendo a Tyco, dois executivos pagaram fiança para poderem ser julgados em liberdade. O ex-presidente da empresa,
Dennis Kozlowski pagou US$ 10 milhões e o diretor financeiro, Mark Swartz, US$ 5 milhões.
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