DO ENVIADO ESPECIAL A DUBAI

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, qualificou ontem como "atrasada e inacreditável" a posição dos países desenvolvidos nas negociações da semana passada da OMC (Organização Mundial do Comércio), em Cancún, no México.
Palocci e o presidente do Banco Mundial, James Wolfensohn, acreditam que os países em desenvolvimento liderados pelo Brasil, o chamado G21, saíram "fortalecidos" das discussões.
"A posição dos países ricos foi muito atrasada. É inacreditável que em um novo século que iniciamos os países industrializados mantenham uma política protecionista tão arraigada e se articulem sob a bandeira do protecionismo contra os países em desenvolvimento", disse Palocci.
Wolfensohn, por sua vez, afirmou que a posição dos países em desenvolvimento "mostrou que essas nações devem ser levadas mais a sério".
Durante a reunião da OMC, o Brasil conseguiu unir a posição do G21 de só admitir negociar as condições dos países ricos se eles concordassem em fazer concessões na abertura de seu mercado agrícola -o setor que mais interessa aos países pobres. (FCz)


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