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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa acumula ganho de 2,6% na semana; risco-país recua a 643 pontos; dólar fecha estável
C-Bonds cravam um novo preço recorde
DA REPORTAGEM LOCAL
Os C-Bonds alcançaram mais
uma cotação recorde. Apesar da
alta dos títulos da dívida externa
mais negociados fora do país ter
sido de apenas 0,27% ontem, foi o
suficiente para fazer os papéis fecharem a US$ 0,9306, preço nunca atingido antes.
Na esteira dos C-Bonds, o risco-país caiu 1,4%. O indicador encerrou as operações ontem a 643
pontos, menor nível desde março
de 2000.
Os C-Bonds têm mantido um
bom desempenho durante todo o
ano. A valorização dos títulos
acumulada em 2003 é de 38,9%.
"Há uma liquidez grande no
mercado internacional que tem
favorecido, além do Brasil, os
emergentes. Esse movimento deve seguir, mas um pouco menos
intenso que o dos últimos meses",
afirma Marco Franklin, sócio-diretor da ARX Capital Management. "Apesar de nosso risco-país
ter caído muito, ainda está alto
em comparação a outros emergentes", completa Franklin.
O risco-país do México, por
exemplo, fechou ontem a 203
pontos. No mês, o risco mexicano
recuou 7,7%.
O mercado aguarda para breve
a elevação da nota de risco do
Brasil pelas agências de classificação internacionais. Ontem a Merrill Lynch elevou para "overweight" (acima da média de mercado) a nota atribuída aos bancos
brasileiros.
A Bolsa de Valores de São Paulo
teve mais uma semana de ganhos
e chegou a ultrapassar, durante os
negócios de ontem, os 17 mil pontos. Na semana, a Bolsa teve ganho de 2,6%. Ontem, a Bovespa
recuou 0,22%, para 16.851 pontos.
As ações preferenciais da Net
foram o grande destaque da semana, com alta acumulada de
33,3%. Somente ontem, os papéis
subiram 22,4%. Rumores sobre
uma possível renegociação de dívidas da empresa embalaram a alta das ações.
A Light voltou a se destacar. Na
semana, os papéis com direito a
voto da empresa subiram 17,5%.
O papel ON da Sabesp foi o que
mais caiu na semana, 4,8%.
O dólar encerrou os negócios
ontem praticamente estável, vendido a R$ 2,903. Na próxima semana, o dólar deve ter dias de
maior movimentação, pois o
Banco Central vai fazer a rolagem
da próxima dívida cambial vincenda, em apenas um leilão, como estabelecem as novas regras.
(FABRICIO VIEIRA)
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