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São Paulo, sábado, 20 de setembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa acumula ganho de 2,6% na semana; risco-país recua a 643 pontos; dólar fecha estável

C-Bonds cravam um novo preço recorde

DA REPORTAGEM LOCAL

Os C-Bonds alcançaram mais uma cotação recorde. Apesar da alta dos títulos da dívida externa mais negociados fora do país ter sido de apenas 0,27% ontem, foi o suficiente para fazer os papéis fecharem a US$ 0,9306, preço nunca atingido antes.
Na esteira dos C-Bonds, o risco-país caiu 1,4%. O indicador encerrou as operações ontem a 643 pontos, menor nível desde março de 2000.
Os C-Bonds têm mantido um bom desempenho durante todo o ano. A valorização dos títulos acumulada em 2003 é de 38,9%.
"Há uma liquidez grande no mercado internacional que tem favorecido, além do Brasil, os emergentes. Esse movimento deve seguir, mas um pouco menos intenso que o dos últimos meses", afirma Marco Franklin, sócio-diretor da ARX Capital Management. "Apesar de nosso risco-país ter caído muito, ainda está alto em comparação a outros emergentes", completa Franklin.
O risco-país do México, por exemplo, fechou ontem a 203 pontos. No mês, o risco mexicano recuou 7,7%.
O mercado aguarda para breve a elevação da nota de risco do Brasil pelas agências de classificação internacionais. Ontem a Merrill Lynch elevou para "overweight" (acima da média de mercado) a nota atribuída aos bancos brasileiros.
A Bolsa de Valores de São Paulo teve mais uma semana de ganhos e chegou a ultrapassar, durante os negócios de ontem, os 17 mil pontos. Na semana, a Bolsa teve ganho de 2,6%. Ontem, a Bovespa recuou 0,22%, para 16.851 pontos.
As ações preferenciais da Net foram o grande destaque da semana, com alta acumulada de 33,3%. Somente ontem, os papéis subiram 22,4%. Rumores sobre uma possível renegociação de dívidas da empresa embalaram a alta das ações.
A Light voltou a se destacar. Na semana, os papéis com direito a voto da empresa subiram 17,5%. O papel ON da Sabesp foi o que mais caiu na semana, 4,8%.
O dólar encerrou os negócios ontem praticamente estável, vendido a R$ 2,903. Na próxima semana, o dólar deve ter dias de maior movimentação, pois o Banco Central vai fazer a rolagem da próxima dívida cambial vincenda, em apenas um leilão, como estabelecem as novas regras.
(FABRICIO VIEIRA)


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