São Paulo, sábado, 20 de outubro de 2007

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G7 quer que China acelere valorização de yuan

DO ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON

Os membros das principais economias do mundo reunidos no G7 (Canadá, França, Alemanha, Estados Unidos, Japão, Reino Unido e Itália) cobraram ontem da China uma "aceleração" no processo de valorização da moeda do país, o yuan, para corrigir os desequilíbrios que as fortes exportações do país asiático provocam em várias economias.
Em comunicado conjunto emitido durante a reunião do FMI e do Banco Mundial, os países declaram que as taxas de câmbio dos países devem refletir "os fundamentos macroeconômicos" de cada economia.
O yuan segue artificialmente desvalorizado há anos, sustentado por imensas reservas cambiais da China. É uma forma de deixar as exportações do país mais competitivas. Há anos os países desenvolvidos cobram dos chineses medidas para reverter esse quadro, sem sucesso. Os EUA, por exemplo, tiveram um déficit de US$ 232,5 bilhões em 2006 com o país asiático, um crescimento de 15,4% ante o ano anterior.
O comunicado do G7 diz ainda que o elevado preço do petróleo, os problemas na área imobiliária norte-americana e as recentes turbulências no mercado financeiro internacional devem esfriar a economia mundial em 2008.
O G7 acredita, no entanto, que os fundamentos macroeconômicos das principais economias do mundo continuam sólidos e que os mercado emergentes passaram a proporcionar um "ímpeto crítico" para a manutenção do crescimento global.
"Passada a turbulência recente, o funcionamento do mercado financeiro esta melhorando. Nossas respostas a essas turbulências devem ser baseadas em uma análise completa das causas", diz o comunicado, dando a entender que a extensão total da crise ainda não foi compreendida.
Em termos práticos, o G7 afirma que um grupo de trabalho irá analisar todas as causas e conseqüências da crise recente e fazer recomendações para evitar futuros problemas da mesma ordem. "Precisamos de regras firmes, transparentes e amplas", afirma o comunicado do G7. (FCZ)


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