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Algar vende 30% das ações
ELVIRA LOBATO
da Sucursal do Rio
O grupo petrolífero The Williams, dos Estados Unidos,
comprou 30% das ações preferenciais (sem direito a voto) da
ATL -Algar Telecomunicações Leste- ,que tem a concessão para explorar a telefonia
celular na banda B no Rio de Janeiro e Espírito Santo. O serviço entra em fase de teste em dezembro.
O grupo norte-americano investiu US$ 100 milhões na compra das ações, segundo Aristeu
Grillo, diretor de relações com
o mercado da Lightel, holding
do grupo Algar para a área de
telecomunicações.
Em contrapartida, a Construtora Queiroz Galvão, que tinha
29% das ações ordinárias (com
direito a voto) da ATL vendeu
sua participação para os dois
outros acionistas: Lightel e
South Korea Telecom. Os sócios não revelam o valor desta
segunda transação.
A nova composição societária da ATL é a seguinte: o grupo
Lightel -controlado pela família Garcia, de Uberlândia,
MG- tem 70% das ações ordinárias e igual percentual das
ações preferenciais. Os coreanos têm 30% das ações ordinárias e nenhuma ação preferencial. A Williams fica com 30%
das preferenciais e não participa do capital votante.
A sociedade entre o grupo Algar e os norte-americanos começou em janeiro do ano passado, quando a Williams comprou 20% do capital da Lightel.
A holding controla, entre outras empresas, a Companhia de
Telefones do Brasil Central,
que atua no Triângulo Mineiro
e em alguns municípios dos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Sediada em Oklahoma e patrimônio de US$ 11 bilhões, a
Williams entrou no mercado
latino-americano pela Argentina, onde é sócia da YPF, que
ontem assinou contrato de parceria com a Petrobrás.
A Williams não fez parte do
consórcio que disputou a licitação pública para compra da
concessão para o serviço celular. Mesmo assim, adiantou
US$ 100 milhões à Lightel para
pagamento da concessão. Esse
adiantamento é que está sendo
convertido em participação
acionária.
Aristeu Grillo disse que a
Queiroz Galvão saiu da sociedade porque a concorrência
pública se arrastou por quase
um ano e, nesse período, a
construtora mudou seu foco de
interesse.
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