DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE

O presidente da CUT, João Felício, disse ontem que a estrutura sindical do país tem de ser "implodida" se os sindicatos quiserem realmente aumentar sua representatividade e ampliar sua atuação na defesa dos trabalhadores.
A declaração foi dada durante o seminário "Ambiente Institucional e Reforma", promovido pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
"Se o Brasil assinar a Convenção 87 da OIT [Organização Internacional do Trabalho", que garante autonomia e liberdade, o movimento sindical tem de passar por uma reforma e tem de ser detonado." As principais mudanças, avalia, são o fim do imposto compulsório e do monopólio sindical (a lei só permite um sindicato de uma categoria profissional por município).
"A CUT sobreviverá a essa implosão porque muitos sindicatos já devolvem o imposto e se mantêm com a arrecadação de mensalidades de sócios." Ele diz que a reforma é necessária para acabar com "o cabide de empregos". "Como pode haver oito sindicatos na Alemanha e mais de 12 mil no Brasil? A única explicação é que eles se transformaram em uma empresa de sobrevivência para algumas pessoas", afirma o sindicalista.


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