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Sindicato abre plano de demissões
voluntárias para sanear as contas
DA REPORTAGEM LOCAL
A abertura de um PDV (Programa de Demissão Voluntária) foi o
meio encontrado, desde 97, pelo
Sindicato dos Bancários do Rio de
Janeiro (CUT) para sanear as contas da entidade. O sindicato é um
dos cem que está em processo de
renegociação de sua dívida com a
central. O valor não foi divulgado.
A informação é do tesoureiro
do sindicato, Orlando Cezar, que
credita a dificuldade econômica à
redução do número de funcionários no sistema financeiro.
"Com a privatização, a fusão
dos bancos e o desemprego, assistimos o número de sócios diminuir de 40 mil para 18 mil, desde
85", afirma. O reflexo dessa redução, diz, foi a queda na arrecadação das contribuições que sustentam o sindicato. Os sócios pagam
por mês o correspondente a 1,5%
do salário. Há cobrança ainda de
imposto sindical e de contribuição assistencial (paga na ocasião
da campanha salarial). "A taxa assistencial cobrada em 2001 foi, em
média, R$ 12. Mas os não-sócios
têm o direito de se manifestar
contra essa cobrança. Nesse caso,
devolvemos o dinheiro."
Para reforçar o caixa e colocar as
suas contas em dia, o Sindicato
dos Trabalhadores nas Indústrias
da Construção Civil de São Paulo
(Força) começou a construir casas e apartamentos para vender.
Em Osasco, o sindicato já comercializou 20 apartamentos de
64 metros quadrados. Em Pindamonhangaba (SP), tem 36 casas
prontas para vender. Em Sorocaba (SP), vai começar a construir
cerca de 300 apartamentos.
Para Antonio de Sousa Ramalho, presidente do sindicato, essa
é uma forma de colocar as contas
em dia. No último ano, diz, o sindicato fez alguns investimentos:
adquiriu 30 carros, um imóvel em
Taboão da Serra, reformou a sua
sede e comprou terreno para fazer
um estacionamento ao lado da sede.
(CR e FF)
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