São Paulo, quarta-feira, 20 de novembro de 2002

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Sindicato abre plano de demissões voluntárias para sanear as contas

DA REPORTAGEM LOCAL

A abertura de um PDV (Programa de Demissão Voluntária) foi o meio encontrado, desde 97, pelo Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro (CUT) para sanear as contas da entidade. O sindicato é um dos cem que está em processo de renegociação de sua dívida com a central. O valor não foi divulgado.
A informação é do tesoureiro do sindicato, Orlando Cezar, que credita a dificuldade econômica à redução do número de funcionários no sistema financeiro.
"Com a privatização, a fusão dos bancos e o desemprego, assistimos o número de sócios diminuir de 40 mil para 18 mil, desde 85", afirma. O reflexo dessa redução, diz, foi a queda na arrecadação das contribuições que sustentam o sindicato. Os sócios pagam por mês o correspondente a 1,5% do salário. Há cobrança ainda de imposto sindical e de contribuição assistencial (paga na ocasião da campanha salarial). "A taxa assistencial cobrada em 2001 foi, em média, R$ 12. Mas os não-sócios têm o direito de se manifestar contra essa cobrança. Nesse caso, devolvemos o dinheiro."
Para reforçar o caixa e colocar as suas contas em dia, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Força) começou a construir casas e apartamentos para vender.
Em Osasco, o sindicato já comercializou 20 apartamentos de 64 metros quadrados. Em Pindamonhangaba (SP), tem 36 casas prontas para vender. Em Sorocaba (SP), vai começar a construir cerca de 300 apartamentos.
Para Antonio de Sousa Ramalho, presidente do sindicato, essa é uma forma de colocar as contas em dia. No último ano, diz, o sindicato fez alguns investimentos: adquiriu 30 carros, um imóvel em Taboão da Serra, reformou a sua sede e comprou terreno para fazer um estacionamento ao lado da sede. (CR e FF)

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