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Juros menores e queda de preço
aumentam crédito a pessoa física
FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL
A redução dos juros, o aumento
dos prazos de financiamento e a
queda da inflação levaram os consumidores a procurar mais crédito. Em outubro, os empréstimos
concedidos pelas instituições financeiras às pessoas físicas somaram R$ 25,4 bilhões, o maior valor
registrado desde maio de 2001, segundo cálculos da Tendências.
Esse número é 4,7% maior do
que o de setembro e 5,5% maior
que o de outubro do ano passado.
Em setembro, os consumidores já
estavam mais animados para buscar financiamento para a compra
de bens. Os empréstimos em setembro somaram R$ 24,3 bilhões.
A redução dos juros deu gás ao
crédito, na análise de Adriano Pitoli, economista da Tendências. A
taxa média de juros cobrada para
o empréstimo pessoal, por exemplo, diz, caiu 16,5 pontos percentuais, de 100,5%, em março deste
ano, para 84% em setembro. Para
a aquisição de veículos, de 53,5%
para 38,8%, no mesmo período.
"O consumidor passou a ter
mais confiança na economia brasileira", afirma Pitoli. Segundo
ele, a confiança é reflexo da queda
da inflação, da retomada de setores industriais e da expectativa de
que o emprego e a renda voltem a
subir em 2004.
A Servloj, empresa que administra o crediário de 600 redes de
lojas no país, diz que, em outubro,
as vendas financiadas subiram
10% sobre igual mês de 2002 e
8,5% sobre setembro. O prazo
médio de financiamento, de cinco
meses em 2002, subiu para sete
meses neste ano. "O consumidor
já acha um bom negócio pagar
parcelado", afirma Oswaldo de
Freitas Queiroz, diretor da Servloj. Segundo ele, os juros médios
caíram de 6,7% no início do ano
para 6% neste mês.
Empresas
Pelos cálculos da Tendências,
obtidos a partir de levantamento
do BC, as empresas também estão
buscando mais crédito. Em outubro, o empréstimo concedido pelas instituições financeiras chegou
a R$ 46,4 bilhões, 0,7% a mais do
que o de setembro. Na comparação com outubro de 2002, porém,
há uma queda de 5,7%.
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