DA FOLHA ONLINE E

DA REPORTAGEM LOCAL

Os aeroviários (funcionários de companhias aéreas que trabalham em terra) ameaçam parar os aeroportos brasileiros no Natal e no Ano Novo. Eles fazem assembléia hoje e podem decidir a data exata da greve.
Ontem de manhã eles interromperam o trabalho nos aeroportos das principais cidades do país. No Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), os trabalhadores bloquearam o trânsito que dá acesso ao terminal, e houve atraso de vôos.
O protesto faz parte da campanha salarial da categoria de 54 mil profissionais, que tem data-base em 1º de dezembro. Eles reivindicam 20% de reajuste salarial e manutenção das cláusulas sociais do acordo coletivo.
Uma audiência de conciliação está marcada para as 13h de amanhã no TST (Tribunal Superior do Trabalho), em Brasília.
Segundo a presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, o protesto de ontem foi um alerta. "Estamos cansados de negociar e não chegar a acordo algum."
Trabalhadores e empresários tiveram uma reunião ontem, mas não superaram o impasse. Antes da reunião, a proposta do setor patronal previa reajuste de 4% e corte de cláusulas sociais do acordo coletivo, como anuênio e redução de hora extra e adicional noturno, que, segundo cálculos do sindicato, significam 20% do salário dos aeroviários.
A reunião entre empresários e aeroviários aconteceu depois de os trabalhadores fecharem de manhã os aeroportos de Guarulhos, Belém (PA), Rio de Janeiro e Salvador (BA).
Segundo a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), 15 vôos -13 domésticos e dois internacionais- partiram atrasados do aeroporto de Cumbica ontem de manhã.
Foi feita uma passeata na rodovia Hélio Smidt, que dá acesso ao aeroporto, o que provocou congestionamento na região. Das 5h45 às 7h45, os manifestantes ocuparam parte da principal via de acesso ao aeroporto - a avenida Hélio Smidt. Por causa do congestionamento, tripulantes dos vôos da manhã não conseguiram chegar no horário, e os aviões não puderam decolar.
Às 11h30, o movimento de embarque e desembarque já estava normalizado, segundo a assessoria de imprensa da Infraero.Os passageiros que perderam o avião, em razão do atraso, foram acomodados em outros vôos.
A Infraero afirma que o protesto não causou afetou número pequeno de atrasos.


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