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Na contramão global, investimento direto no Brasil deve cair em 2003
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de dois anos de queda
no volume de investimentos diretos estrangeiros (IDE) no mundo,
2003 deverá ser marcado pela retomada do fluxo global. Porém,
na contramão, o Brasil deverá
perder investimentos diretos.
A previsão é da Sobeet (Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais), com dados da Unctad (braço da ONU para Comércio e Desenvolvimento).
Neste ano, o volume global de
IDE deve ser de US$ 534 bilhões,
valor 27% inferior ao de 2001, de
US$ 735 bilhões. No ano passado,
já havia sido registrada uma queda de 51% em relação ao recorde
de US$ 1,49 trilhão de 2000.
Para 2003, a previsão da Sobeet
é de que o IDE cresça no mundo
10%, uma taxa com base nas expectativas da economia dos EUA.
"Acreditamos que a crise americana esteja próxima do fim, e a
sua recuperação puxará os investimentos", diz Antônio Corrêa de
Lacerda, presidente da entidade.
Contudo, a Sobeet aponta para
o Brasil um IDE 6% menor em
2003, dos US$ 16 bilhões previstos
neste ano para US$ 15 bilhões.
Segundo Lacerda, o clima de incertezas criado pela sucessão presidencial, aliado à desvalorização
do real e à alta da inflação, prejudicou a entrada de investimentos
no segundo semestre deste ano.
Nos primeiros seis meses, o IDE
no país foi de US$ 9,62 bilhões,
queda de 2,8% em relação a igual
período de 2001. Porém, no ano a
diferença deve ser de 28,9%.
Ele diz ainda que "o início de
2003 estará contaminado pelo clima deste ano".
(MARCELO SAKATE)
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