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ENERGIA
Segundo estudo da Eletrobrás, gasto médio mensal de luz nas residências baixou 22,5%, de 173 kWh para 134 kWh
Consumo pré-apagão só voltará em 2008
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O consumo de energia na classe
residencial só voltará aos níveis
pré-racionamento em 2008, segundo estudo da Eletrobrás. Nas
regiões onde o racionamento foi
mais intenso -Nordeste, Sudeste
e Centro-Oeste- a retomada só
acontece em 2009.
Em 2000, antes do racionamento, que durou de junho de 2001 até
fevereiro deste ano, cada consumidor residencial gastava em média 173 kWh por mês. Hoje, a média de consumo mensal é 22,5%
menor -134 kWh por mês.
A redução se deve a hábitos de
economia adquiridos quando havia punições para quem ultrapassasse as metas estipuladas.
O estudo adota como cenário
mais provável o de crescimento
da economia em taxas médias de
4,1% ao ano até 2007 e 5% até
2012. Nesse cenário, o consumo
de energia cresceria a uma taxa
média de 5,1% ao ano e seria preciso aumentar a capacidade de geração em 35 mil MW até 2012.
Termelétricas
Quatro usinas que estavam previstas no PPT (Programa Prioritário de Termeletricidade) não serão mais construídas. No total,
deixarão de ser incorporados ao
sistema 1.277 MW. O Ministério
de Minas e Energia informou
também que foi oficialmente cancelada uma importação de energia da Bolívia, de 88 MW.
Deixarão de ser construídas as
usinas termelétricas Norte Capixaba (Shell, Petrobras e Intergem), Campo Grande (Enersul),
Duke Pederneiras (Duke Energy)
e Bongi (Chesf). A importação da
Bolívia foi cancelada porque a
Duke Energy desistiu de construir
uma termelétrica naquele país.
Em abril deste ano o PPT contava com 40 termelétricas que, até o
final de 2004, deveriam aumentar
a capacidade de geração em até
13.637 MW. Hoje o plano tem 25
usinas -9 em operação, 5 em fase de testes e 11 em construção. A
capacidade de aumento de geração caiu para cerca de 7.000 MW.
Para o ministério, a redução do
PPT não irá afetar o abastecimento de energia, porque os cálculos
já estão sendo feitos levando em
conta a redução do programa.
Oferta
A redução do PPT não preocupa o governo porque, para os próximos anos, o cenário traçado pela Eletrobrás é de excesso de oferta. Com isso, a orientação para a
Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) é que retarde o processo de licitação de novas usinas
ou que amplie os prazos para a
entrada em funcionamento dos
empreendimentos já licitados.
Limitando a oferta, o preço tende a subir. Com a subida do preço,
os investimentos em geração ficam mais atrativos. Hoje, o custo
da energia gerada por uma nova
usina seria de US$ 33 por MW.
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