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Barueri é oitavo maior PIB com participação de 1,2% no total
MARINA GAZZONI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA SUCURSAL DO RIO
Com o ganho de peso do setor de serviços, a surpresa no
PIB dos municípios foi Barueri,
perto de São Paulo, dona do oitavo maior PIB do país. Com
270 mil habitantes, sua fatia na
economia brasileira era de 1,2%
em 2005, o mesmo percentual,
por exemplo, de Salvador, com
2,7 milhões de habitantes.
Barueri estava à frente de
Campinas, o décimo PIB nacional -1,1% de participação. Com
crescimento de 0,24% entre
2002 e 2005, sua economia era
maior do que a de 20 capitais.
Segundo o IBGE, o avanço se
deve ao ganho de peso do setor
de serviços. Nesse ramo de atividade, a cidade também era a
oitava mais importante, com
participação de 1,2% no total. O
crescimento da fatia do município no setor foi de 0,3%.
Dados da prefeitura mostram que Barueri já arrecadou
R$ 234 milhões em 2007 de ISS
(Imposto Sobre Serviços), um
crescimento de 28% em relação
ao total do ano passado.
Prefeito de Barueri pela terceira vez, Rubens Furlan
(PMDB) cita a reforma tributária do município como um dos
fatores que atraíram as empresas. Até setembro deste ano,
havia empresas com contratos
antigos que ainda pagavam alíquota de 0,25% de ISS.
Mesmo com a definição de
uma tarifa mínima de 2% pela
legislação federal, o município
oferece vantagens tributárias
que permitem uma economia
às empresas, diz o prefeito.
A legislação municipal possibilita a retirada dos impostos
federais antes de calcular o ISS,
o Imposto Sobre Serviços. Apesar da cobrança de uma alíquota de 2% para o ISS, as empresas conseguem pagar um valor
equivalente a 1,6%.
Uma empresa de consultoria
em Barueri, por exemplo, pode
pagar o valor equivalente a
1,6% do faturamento em ISS.
Em São Paulo, as consultorias
pagam a tarifa padrão de 5%.
Segundo a prefeitura, cerca
de cem novas empresas se instalam em Barueri por mês. Para
o consultor tributário Clóvis
Panzarini, a redução do ISS
atrai serviços para "paraísos
fiscais", que acabam influenciando em resultados no PIB.
O diretor do departamento
de Arrecadação e Cobrança do
município de São Paulo, Ronilson Rodrigues, acredita que os
dados da pesquisa estão defasados. Para ele, o resultado seria
diferente se utilizasse dados
posteriores a 2005, quando o
município começou a combater a evasão fiscal. "Muitas empresas eram "caixas postais".
Funcionavam em São Paulo,
mas registravam a sede em outros municípios para sonegar
impostos," disse.
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