São Paulo, quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

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Barueri é oitavo maior PIB com participação de 1,2% no total

MARINA GAZZONI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

DA SUCURSAL DO RIO Com o ganho de peso do setor de serviços, a surpresa no PIB dos municípios foi Barueri, perto de São Paulo, dona do oitavo maior PIB do país. Com 270 mil habitantes, sua fatia na economia brasileira era de 1,2% em 2005, o mesmo percentual, por exemplo, de Salvador, com 2,7 milhões de habitantes.
Barueri estava à frente de Campinas, o décimo PIB nacional -1,1% de participação. Com crescimento de 0,24% entre 2002 e 2005, sua economia era maior do que a de 20 capitais.
Segundo o IBGE, o avanço se deve ao ganho de peso do setor de serviços. Nesse ramo de atividade, a cidade também era a oitava mais importante, com participação de 1,2% no total. O crescimento da fatia do município no setor foi de 0,3%.
Dados da prefeitura mostram que Barueri já arrecadou R$ 234 milhões em 2007 de ISS (Imposto Sobre Serviços), um crescimento de 28% em relação ao total do ano passado.
Prefeito de Barueri pela terceira vez, Rubens Furlan (PMDB) cita a reforma tributária do município como um dos fatores que atraíram as empresas. Até setembro deste ano, havia empresas com contratos antigos que ainda pagavam alíquota de 0,25% de ISS.
Mesmo com a definição de uma tarifa mínima de 2% pela legislação federal, o município oferece vantagens tributárias que permitem uma economia às empresas, diz o prefeito.
A legislação municipal possibilita a retirada dos impostos federais antes de calcular o ISS, o Imposto Sobre Serviços. Apesar da cobrança de uma alíquota de 2% para o ISS, as empresas conseguem pagar um valor equivalente a 1,6%.
Uma empresa de consultoria em Barueri, por exemplo, pode pagar o valor equivalente a 1,6% do faturamento em ISS. Em São Paulo, as consultorias pagam a tarifa padrão de 5%.
Segundo a prefeitura, cerca de cem novas empresas se instalam em Barueri por mês. Para o consultor tributário Clóvis Panzarini, a redução do ISS atrai serviços para "paraísos fiscais", que acabam influenciando em resultados no PIB.
O diretor do departamento de Arrecadação e Cobrança do município de São Paulo, Ronilson Rodrigues, acredita que os dados da pesquisa estão defasados. Para ele, o resultado seria diferente se utilizasse dados posteriores a 2005, quando o município começou a combater a evasão fiscal. "Muitas empresas eram "caixas postais". Funcionavam em São Paulo, mas registravam a sede em outros municípios para sonegar impostos," disse.


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