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Comércio prevê alta nas vendas, apesar da crise
DA REDAÇÃO
Apesar da crise, o comércio
está otimista com as vendas de
Natal. A principal aposta dos
varejistas é na movimentação
deste final de semana, o último
antes da principal data comemorativa do ano e com os consumidores já com a segunda
parcela do 13º salário no bolso.
A Fecomercio (Federação do
Comércio) do Estado de São
Paulo prevê crescimento significativo no faturamento de vestuários, tecidos e calçados
(17%) e eletrodomésticos e eletroeletrônicos (9%) neste mês.
A Casas Bahia, maior rede varejista de eletrodomésticos,
eletroeletrônicos e móveis do
país, projeta alta de 7%.
Na avaliação do professor da
Faculdade de Economia da
USP Nelson Barrizzelli, para
não pagar juros tão altos, os
consumidores tentam diminuir o número de prestações,
por isso a opção por produtos
mais baratos, o que deve alavancar as vendas de vestuário e
eletroeletrônicos portáteis.
Para a Alshop (Associação
Brasileira de Lojistas de Shopping), as compras do período
natalino vão levar a um incremento de 8%. "Este final de semana vai ser o grande termômetro", avalia Nabil Sahyoun,
lembrando que a expansão esperada é sobre uma base elevada. "A expectativa é que tenhamos um aumento de 20% nas
vendas", afirma Guillermo Bloj,
superintendente do Shopping
Eldorado. Outro grande centro
comercial de São Paulo, o MorumbiShopping, prevê crescimento semelhante. Já no shopping Metrô Boulevard Tatuapé,
a projeção é de 30%. No Centro
Comercial Leste Aricanduva,
que tem perspectiva mais modesta, a alta esperada é de 5%.
No comércio popular, a turbulência no mercado financeiro também não deve prejudicar
o faturamento dos comerciantes. Na região da 25 de Março,
em São Paulo, o acréscimo
aguardado é de 10%. "A crise
não interferiu nas nossas vendas", afirma Marcelo Mouawad, diretor da Univinco
(União dos Lojistas da 25 de
Março e Adjacências).
Na CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) do Bom Retiro, o
mesmo crescimento é esperado. "Está passando o susto. O
pessoal está saindo para gastar", comenta Luigi Nahmias,
diretor da entidade, ressaltando que, como são compras de
menor valor, não dependem
tanto da oferta de crédito.
Pesquisa da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) mostrou que os 500 maiores supermercadistas do país
esperam que o faturamento
avance 14%. Considerando
apenas produtos sazonais de
Natal, as três grandes empresas
do setor têm projeção otimista:
15% de alta no Carrefour, 20%
no Wal-Mart e até 30% no Grupo Pão de Açúcar. Para Sussumu Honda, presidente da entidade, como os consumidores
estão mais conservadores em
adquirir bens duráveis por causa da retração no crédito, "existe a tendência de organizar festas de final de ano mais fartas".
(TATIANA RESENDE)
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