São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 2008

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Foco

Sindicato diz que aceita salário menor para evitar corte de empregos na Vale

DA SUCURSAL DO RIO

O Sindimina-RJ (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Prospecção, Pesquisa e Extração de Minério do Rio de Janeiro) vai propor na segunda-feira à Vale a redução da jornada de trabalho e a proporcional diminuição das remunerações desde que a companhia aceite rever todas as demissões realizadas desde novembro.
Segundo o presidente do sindicado, Jorge Campos, essa é a condição básica para um acordo. "Só vamos negociar com a reintegração de todos os empregados", diz o sindicalista, que liderou ontem uma manifestação em frente à sede da Vale, no centro do Rio.
De acordo com o sindicato, 150 pessoas participaram do protesto, que contou com mil bonecos representando familiares dos demitidos e 3.000 velas com o número de desligamentos.
"Já ocorreram, pelo menos, de 2.500 a 3.000 demissões. Sem contar os 4.000 terceirizados que perderam o emprego em todo o país e os 8.000 que estarão em férias coletivas em dezembro", disse Campos.
A Vale contesta os números. Diz que são 1.300 demissões e 5.500 trabalhadores em férias coletivas. A empresa não se pronunciou sobre os terceirizados.
De acordo com Campos, a manifestação também serviu como uma forma de protesto contra o presidente da Vale, Roger Agnelli. "Foi também um ato contra as declarações do presidente da Vale, que quer cortar os direitos trabalhistas."


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