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CÚPULA GLOBAL
Presidentes da América Latina não vão a evento, que começa hoje
Lula e latinos esnobam Fórum de Davos
DA REUTERS
Há um ano, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva escolheu o
Fórum Econômico Mundial, em
Davos, Suíça, como palco de sua
primeira aparição diante de uma
platéia de líderes internacionais.
Neste ano, Lula não irá ao encontro anual de empresários, banqueiros e políticos, que começa
hoje e termina no domingo.
Também não vão os presidentes
Néstor Kirchner (Argentina), Ricardo Lagos (Chile), Vicente Fox
(México) e Alejandro Toledo (Peru). Lucio Gutiérrez (Equador)
será o único líder latino-americano presente.
Davos, fórum por excelência
dos defensores do livre mercado,
perdeu o charme entre os governantes latino-americanos, que estão lutando para consertar suas
economias arruinadas por altas
dívidas e profunda pobreza.
Para analistas, os governantes
dos países em desenvolvimento
estão buscando formas de avançar economicamente prescindindo das elites globais.
"Acho que os países estão descobrindo que, se continuarem
mais distantes [da elite], também
podem conseguir o que querem",
diz Manuel Mora y Araujo, analista de uma empresa argentina de
pesquisas de opinião.
Lula, Kirchner e Lagos já bateram de frente com europeus e
americanos em relação a temas
como os subsídios agrícolas e a
Guerra do Iraque.
Distância é a palavra-chave para
Kirchner. Em sua primeira viagem à Europa, no ano passado, o
presidente argentino criticou empresários franceses e atacou executivos espanhóis pela suposta
exploração da economia argentina na década passada.
A América Latina também pode
ter perdido a atenção dos países
ricos, numa época em que a guerra ao terrorismo passou a tomar
conta da agenda mundial.
De fato, o tema da cúpula deste
ano em Davos é "Segurança e
Prosperidade". Entre os palestrantes principais estão o diplomata Paul Bremer, maior autoridade da administração americana
no Iraque, e outros membros do
Conselho de Governo Iraquiano.
Os organizadores do fórum negam que a América Latina tenha
sido posta de lado e especulam
que a ausência se deve a questões
de agenda dos políticos.
Segurança
Manifestantes prometem iniciar
os protestos contra o evento hoje.
A polícia suíça finalizou ontem os
preparativos para o forte esquema de segurança do evento.
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