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São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2003

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Indústria vai ao governo reclamar do preço do aço

DA REPORTAGEM LOCAL

Dez setores, que respondem por 30% do consumo nacional de aço, encaminharam ao governo documento em que "alertam" sobre o que consideram aumentos "abusivos" na matéria-prima", o que afetaria o preço dos produtos aos consumidores (e a inflação), além de representar perda de competitividade externa do país.
De acordo com o documento entregue em Brasília a quatro ministros (Fazenda, Desenvolvimento, Planejamento e Casa Civil), os preços dos aços planos (usados na indústria automobilística e de eletrodomésticos) sofreram reajuste de 63% entre janeiro de 2002 e janeiro passado. No mesmo período, a variação do dólar foi de 45% e a do IGP-M, de 28%.
As entidades reclamam ainda que as siderúrgicas praticam preços dolarizados no mercado interno, embora toda a produção ocorra no país. Segundo os setores, o monitoramento das importações (pelo governo) e a alta das cotações no mercado externo serviram de incentivo para que as siderúrgicas destinem parcela considerável de sua produção a exportações -o que criaria problemas de abastecimento interno.
Entre as entidades que firmaram o texto estão Anfavea (automóveis), Abimaq (máquinas), Abinee (eletroeletrônicos), Eletros (eletrodomésticos) e Sindipeças. O Instituto Brasileiro de Siderurgia informou que não faria comentários sobre a política de preços de seus afiliados. (JOSÉ ALAN DIAS)


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