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São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Moeda tem pequena valorização de 0,08%; queda de 0,34% na Bovespa eleva tombo no ano para 9,3%

Poucos negócios mantêm dólar em R$ 3,61

DA REPORTAGEM LOCAL

Após o aumento da taxa básica de juros e da alíquota do recolhimento compulsório dos bancos feito na quarta-feira, o mercado cambial passou o dia com baixo volume de negócios. O dólar chegou a subir 0,7%, mas fechou praticamente estável, com valorização de 0,08%, cotado a R$ 3,615.
O Ibovespa, índice que mede a rentabilidade das 54 ações mais negociadas na Bolsa, fechou em queda de 0,34%. No ano, a desvalorização acumulada é de 9,3%.
Além de estarem atentos aos índices de inflação e às medidas de política monetária do governo, os investidores também estão voltados para os acontecimentos internacionais.
A deflagração de um conflito contra o Iraque não é mais vista como uma questão de dias, devido principalmente às manifestações pela paz ocorridas em todo o mundo no último final de semana. Apesar disso, discursos como o em que George W. Bush diz que Saddam Hussein mente e oculta armas dos inspetores da ONU são recebidos com alvoroço no mercado financeiro e provocam rapidamente oscilações na cotação do dólar.
No atual cenário, os analistas do mercado de capitais continuam a focar suas recomendações nas ações de empresas siderúrgicas e naquelas com baixos níveis de endividamento em dólar.
O setor siderúrgico é caracterizado por empresas exportadoras. Portanto a compra de suas ações funciona como uma proteção natural contra uma eventual desvalorização do câmbio, por terem suas receitas atreladas ao dólar. Além disso, a atual cotação do real favorece as perspectivas para a receita dessas empresas no ano de 2003, com aumento da produção e novos projetos de expansão.
As maiores altas foram Light ON (14,2%), Telemig Participações PN (4,8%) e Klabin PN (3,2%). As maiores quedas na Bovespa foram Net PN (3,4%), Embraer PN (3%) e Eletrobras ON (2,9%).
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), o dia foi de pequenas correções nas taxas dos contratos DI (que consideram os juros entre os bancos).
Os contratos com vencimento em julho foram os mais negociados e movimentaram quase o dobro de recursos do que no dia anterior. Entretanto a oscilação das taxas foi pequena, de 28,16% para 28,11% ao ano, queda de 0,18%.
(GEORGIA CARAPETKOV)


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