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MERCADO FINANCEIRO
Moeda tem pequena valorização de 0,08%; queda de 0,34% na Bovespa eleva tombo no ano para 9,3%
Poucos negócios mantêm dólar em R$ 3,61
DA REPORTAGEM LOCAL
Após o aumento da taxa básica
de juros e da alíquota do recolhimento compulsório dos bancos
feito na quarta-feira, o mercado
cambial passou o dia com baixo
volume de negócios. O dólar chegou a subir 0,7%, mas fechou praticamente estável, com valorização de 0,08%, cotado a R$ 3,615.
O Ibovespa, índice que mede a
rentabilidade das 54 ações mais
negociadas na Bolsa, fechou em
queda de 0,34%. No ano, a desvalorização acumulada é de 9,3%.
Além de estarem atentos aos índices de inflação e às medidas de
política monetária do governo, os
investidores também estão voltados para os acontecimentos internacionais.
A deflagração de um conflito
contra o Iraque não é mais vista
como uma questão de dias, devido principalmente às manifestações pela paz ocorridas em todo o
mundo no último final de semana. Apesar disso, discursos como
o em que George W. Bush diz que
Saddam Hussein mente e oculta
armas dos inspetores da ONU são
recebidos com alvoroço no mercado financeiro e provocam rapidamente oscilações na cotação do
dólar.
No atual cenário, os analistas do
mercado de capitais continuam a
focar suas recomendações nas
ações de empresas siderúrgicas e
naquelas com baixos níveis de endividamento em dólar.
O setor siderúrgico é caracterizado por empresas exportadoras.
Portanto a compra de suas ações
funciona como uma proteção natural contra uma eventual desvalorização do câmbio, por terem
suas receitas atreladas ao dólar.
Além disso, a atual cotação do real
favorece as perspectivas para a receita dessas empresas no ano de
2003, com aumento da produção
e novos projetos de expansão.
As maiores altas foram Light
ON (14,2%), Telemig Participações PN (4,8%) e Klabin PN
(3,2%). As maiores quedas na Bovespa foram Net PN (3,4%), Embraer PN (3%) e Eletrobras ON
(2,9%).
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros), o dia foi de pequenas correções nas taxas dos contratos DI (que consideram os juros entre os bancos).
Os contratos com vencimento
em julho foram os mais negociados e movimentaram quase o dobro de recursos do que no dia anterior. Entretanto a oscilação das
taxas foi pequena, de 28,16% para
28,11% ao ano, queda de 0,18%.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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