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Indonésia quer manter "boas
relações" com FMI, diz ministro
das agências internacionais
O ministro das Finanças da Indonésia, Mar'ie Muhammad, afirmou ontem que o presidente Suharto estava atento à opinião internacional a respeito do plano de
adotar um câmbio fixo.
"O governo sempre manterá
boas relações com as instituições
internacionais, incluindo o FMI
(Fundo Monetário Internacional)", afirmou ontem o ministro
em pronunciamento no Parlamento indonésio.
Na quinta-feira, já circulava no
mercado financeiro a informação
de que Suharto havia desistido da
idéia de criar um câmbio fixo para
estabilizar a rupia, a moeda local.
O FMI havia ameaçado a Indonésia de suspender a ajuda financeira de US$ 40 bilhões caso adotasse a medida. Estados Unidos e
países da União Européia também
haviam se declarado contrários ao
câmbio fixo.
O ministro afirmou ainda que o
governo indonésio pediu por escrito ajuda ao Grupo dos 7, que
reúne os países mais industrializados, para que colabore na solução
da crise asiática. O G-7 se reúne
hoje em Londres (Reino Unido).
Ontem, o governo anunciou
que, nos próximos dias, estará devolvendo depósitos dos clientes
dos 16 bancos que foram fechados
no final do ano passado. A medida
fez parte do acordo fechado entre
o país e o FMI em troca da ajuda
financeira.
A devolução dos recursos custará ao Banco da Indonésia (banco
central) cerca de US$ 30 milhões.
O alto endividamento do setor
privado e a desvalorização da rupia levaram a Indonésia a recorrer
ao FMI no ano passado. A dívida
do setor privado está avaliada em
US$ 74 bilhões.
Autoridades do Exército expressaram ontem preocupação em relação aos saques que vêm ocorrendo em várias partes do país. Ao
menos cinco pessoas morreram
no último final de semana.
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