MAURO ZAFALON
da Redação

As vendas nos supermercados e hipermercados continuam fracas em São Paulo, mas em ritmo até melhor do que as redes previam para este início de ano. Para alguns empresários do setor, o faturamento real de janeiro, igual ao do mesmo período de 97, foi uma surpresa.
A briga acirrada entre as redes, e centrada mais sobre os produtos básicos, parece estar diminuindo. Nesta semana, a pesquisa de preços feita pelo Datafolha mostrou estabilidade nos supermercados e alta de 1,56% nos hipermercados.
O reajuste de preços nos hipermercados ocorre após seis semanas contínuas de queda. Omar Assaf, presidente da Associação Paulista de Supermercados, diz que esse comportamento dos preços pode indicar uma mudança de foco nas promoções.
Significa dizer que, como o mix é muito grande nessas redes, as promoções podem estar ocorrendo em produtos específicos do período de Carnaval e que não estão incluídos na lista das pesquisas de preços.
Os empresários do setor, no entanto, concordam que a busca pelo consumidor está provocando uma disputa muito acirrada entre as redes, principalmente nas grandes. Com isso, o malabarismo das menores para permanecer vivas no mercado deve ser ainda maior.
A reversão de tendência nos hipermercados ocorreu devido a aumentos de preços principalmente nos produtos industriais, segundo a pesquisa do Datafolha. Os artigos de higiene e de limpeza ficaram 2% mais caros na semana, enquanto os produtos do café da manhã subiram 2,4%.
A pesquisa mostrou, também, um repasse grande nos preços do óleo de soja (4,7%) nos hipermercados, o que já tinha ocorrido nos supermercados. O reajuste de preços nesse produto deve continuar devido ao forte aumento da soja nos últimos dois anos.



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