da Reportagem Local

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou hoje com alta de 0,80%, puxada pelos papéis de empresas do setor de energia elétrica. O movimento financeiro foi mais uma vez fraco, totalizando no final do dia R$ 436 milhões, inferior inclusive ao total negociado na quinta-feira, de R$ 585 milhões.
Segundo analistas, a principal razão para a alta foi a decisão da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), pedindo que sejam refeitas as regras de venda da Cesp. As ações do setor de energia negociadas na Bolsa paulista fecharam com alta de 2,5%, de acordo com o IEE, índice setorial que acompanha as cotações das empresas do setor.
Apesar da boa recepção que a decisão da CVM teve entre os investidores, analistas afirmavam hoje que os estrangeiros ficaram fora do mercado paulista, enquanto os investidores locais já entravam em ritmo de feriado, reduzindo sua participação.
No mercado de compra e venda de dólar, o dia também foi de poucos negócios. O dólar comercial para pronta entrega, nos negócios do mercado interbancário, fechou praticamente no mesmo nível do dia anterior. A cotação para compra foi de R$ 1,1290 e a de venda, de R$ 1,1295.
A mesa de câmbio do Banco Central precisou mais uma vez atuar, comprando dólares por conta do excesso de moeda norte-americana.
O BC comprou dólar pagando o valor do piso da minibanda de variação, a R$ 1,1290.
A boa oferta de dólar no mercado interno se deve às altas taxas de juros, atualmente em 34,5% ao ano, de acordo com a TBC.
Nos negócios do mercado futuro, da BM&F (Bolsa de Mercadorias e de Futuros), o dia também foi de estabilidade. A moeda norte-americana para entrega no início de abril, por exemplo, fechou a R$ 1,140.
A principal preocupação de bancos e corretoras quando terminar o Carnaval será a reunião do Banco Central, marcada para o dia 4 de março, quando será reavaliada a política de juros da instituição. A aposta corrente hoje era que a taxa básica pode cair até cinco pontos percentuais. (Luiz Cintra)



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