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MERCADO FINANCEIRO
Queda no índice da Fipe e leilão de títulos cambiais mantêm dólar em R$ 3,47; Bovespa sobe 1,38%
Inflação e rolagem abafam impacto da guerra
DA REPORTAGEM LOCAL
Os investidores passaram o primeiro dia de ataques contra o Iraque de Saddam Hussein atentos
aos acontecimentos em Bagdá.
Mas a queda da inflação, a rolagem da dívida cambial do Banco
Central e a relativa calmaria nos
mercados externos fizeram todos
os indicadores fechar praticamente estáveis ou positivos.
"A guerra hoje ainda foi mais
um show pirotécnico do que o
que a gente espera do conflito
propriamente dito. E, por enquanto, continua a perspectiva de
que não vá ser um conflito longo", afirma Gustavo Alcântara,
analista do banco Prosper.
O dólar fechou em alta de
0,25%, cotado a R$ 3,479. O C-Bond subiu 0,64% e o risco-país
praticamente não sofreu variação.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, o interesse pela compra de ativos por parte de algumas corretoras fez o Ibovespa subir 1,38%.
Ontem a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)
divulgou que o IPC (Índice de
Preços ao Consumidor) nos últimos 30 dias, até 14 março, ficou
em 0,92%. Apesar de ainda ser
um número alto, é o menor valor
desde a última quadrissemana de
outubro.
Durante a tarde, o BC promoveu mais um leilão de títulos cambiais e vendeu US$ 748,8 milhões
em contratos de "swap", cerca de
24% do total da dívida que vence
em 1º de abril. Somando-se esse
valor ao que já havia sido negociado anteriormente, a autoridade
monetária já conseguiu renegociar aproximadamente 50% dos
vencimentos.
Segundo Alcântara, ontem na
Bovespa houve um aumento da
procura por ações classificadas
como de "primeira linha", que
são as de maior liquidez, como
Telemar, Petrobras e Telesp Celular. O aumento da demanda foi
proveniente principalmente de
corretoras que operam para investidores estrangeiros. "Esse
movimento pode indicar uma
volta dos estrangeiros à Bolsa",
disse o analista.
Um dos temores da guerra no
mercado de capitais tem sido o
fluxo de recursos para países
emergentes. Por isso, o sinal de
que há investidores interessados
nas ações de empresas brasileiras
é muito bem recebido na Bolsa.
As maiores altas foram Siderúrgica Tubarão PN (4,6%), Cemig ON
(4,6%) e Acesita PN (4,5%). As
maiores baixas foram Comgas
PNA (2,8%) e Light ON (2,4%).
(GEORGIA CARAPETKOV)
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