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Ricos lançam plano para tentar combater crise em país emergente
DA REDAÇÃO
O G7 (grupo dos sete países
mais ricos do mundo) divulgou
ontem um plano de quatro pontos para combater crises financeiras em países emergentes. Uma
das principais medidas seria limitar o crédito de socorro aos países
em dificuldades. A reunião de ontem, em Washington, teve o objetivo de discutir o impacto da crise
argentina na recuperação da economia mundial.
O grupo acredita que as perspectivas para este ano são otimistas, mas que ainda há riscos, principalmente ligados ao país sul-americano.
O plano de combate às crises
vem na esteira dos sucessivos problemas enfrentados pela Argentina. Sem crédito e dinheiro, o país
está cada vez mais perto de um
colapso total no seu sistema financeiro.
Além da adoção de limites à
concessão de crédito, o plano prevê também a alteração dos mecanismos dos títulos da dívida dos
países, reestruturação da dívida
dos países com problemas e melhores mecanismos para prevenir
essas crises.
Essas medidas de combate e
prevenção obtiveram, pela primeira vez, consenso de todos os
sete países-membros. Os países
acreditam que os quatro pontos
do programa são "complementares" e devem ser levados adiante e
fortalecidos em conjunto.
Durante a reunião, realizada no
prédio do Tesouro dos EUA paralelamente ao encontro do FMI
(Fundo Monetário Internacional)
e do Banco Mundial, foram discutidas quais são as forças que impedem a recuperação mais intensa da economia mundial. Os ministros de Economia e de Finanças, e alguns presidentes de bancos centrais dos países-membros,
estavam com duas grandes preocupações: a situação na Argentina
e o preço do petróleo no mercado
mundial. Os problemas argentinos, porém, mobilizaram mais a
atenção dos participantes do encontro.
Atitude positiva
Apesar de serem graves os problemas na Argentina, o país vem
recebendo o apoio de alguns
membros do grupo. O presidente
do grupo de ministros das Finanças do Euro, o espanhol Rodrigo
Rato, afirmou que ainda há esperanças de a Argentina conseguir
apoio financeiro do FMI para tentar sair da crise.
Rato, entretanto, participou do
encontro como autoridade da
União Européia, uma vez que a
Espanha não faz parte do G7.
O ministro da Economia da
França, Laurent Fabius, porém,
advertiu, antes do início da reunião, que a situação na Argentina
ainda preocupa e pode atrapalhar
um pouco o ritmo de recuperação
da economia mundial.
Fazem parte do Grupo dos 7 os
Estados Unidos, o Reino Unido, a
França, a Itália, o Japão, a Alemanha e o Canadá.
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