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Especialistas cobram mais transparência nas operações
DA SUCURSAL DO RIO
Especialistas ouvidos pela
Folha afirmam que o BNDES
deveria explicitar melhor os
critérios de escolha das empresas e aumentar a transparência
das operações de compra de
participação acionária.
Para Armando Castelar, da
Gávea Investimentos, os empréstimos feitos por bancos públicos a empresas deveriam
mostras garantias e taxas de juros, e a compra de participações deveria ter seus critérios
explicados. "A sociedade não
tem mecanismos de controle
para avaliar se a escolha está
sendo benfeita. Os dados deveriam ser abertos, isso seria bom
ao BNDES e às empresas."
O principal problema é separar as empresas promissoras
daquelas insolventes, em que o
aporte de recursos beneficia o
acionista e os credores.
O ex-presidente do BNDES
Carlos Lessa critica a operação
de compra de R$ 155 milhões
em títulos de dívida da incorporadora PDG Realty. "Não entendo o critério para eleger a
incorporação imobiliária como
um setor prioritário ao banco."
Lessa defende o conceito de
hospital de empresas. Para ele,
é papel de bancos de fomento
evitar que empresas importantes sejam afetadas pela crise.
Já José Júlio Senna, sócio da
MCM Consultores, afirma que
as grandes companhias têm
condições de buscar, sozinhas,
socorro no mercado. "Será que
vale a pena destinar um volume
tão grande de recursos a poucas
empresas?", questiona.
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