São Paulo, terça-feira, 21 de abril de 2009

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Especialistas cobram mais transparência nas operações

DA SUCURSAL DO RIO

Especialistas ouvidos pela Folha afirmam que o BNDES deveria explicitar melhor os critérios de escolha das empresas e aumentar a transparência das operações de compra de participação acionária.
Para Armando Castelar, da Gávea Investimentos, os empréstimos feitos por bancos públicos a empresas deveriam mostras garantias e taxas de juros, e a compra de participações deveria ter seus critérios explicados. "A sociedade não tem mecanismos de controle para avaliar se a escolha está sendo benfeita. Os dados deveriam ser abertos, isso seria bom ao BNDES e às empresas."
O principal problema é separar as empresas promissoras daquelas insolventes, em que o aporte de recursos beneficia o acionista e os credores.
O ex-presidente do BNDES Carlos Lessa critica a operação de compra de R$ 155 milhões em títulos de dívida da incorporadora PDG Realty. "Não entendo o critério para eleger a incorporação imobiliária como um setor prioritário ao banco."
Lessa defende o conceito de hospital de empresas. Para ele, é papel de bancos de fomento evitar que empresas importantes sejam afetadas pela crise.
Já José Júlio Senna, sócio da MCM Consultores, afirma que as grandes companhias têm condições de buscar, sozinhas, socorro no mercado. "Será que vale a pena destinar um volume tão grande de recursos a poucas empresas?", questiona.


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