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Bancos de investimento enfrentam crise
DA REPORTAGEM LOCAL
O retorno do Banco Pactual para André Esteves
acontece em um dos piores
momentos para os bancos de
investimento no país. Com a
crise global, eles tiveram de
reduzir custos e demitir após
o fim do ciclo das aberturas
de capital na Bolsa, redução
das captações, perdas com
inadimplência e dificuldades
da gestão de recursos. Só a
estruturação de fusões e
aquisições segue firme.
Com a saída dos suíços, o
mercado de capitais brasileiro volta a ter um grande banco de investimentos independente de instituições de varejo, modelo colocado em
xeque nos EUA pela crise.
Roberto Sallouti, sócio do
novo BTG Pactual, reconhece a fragilidade do modelo e
diz que deverá manter o conservadorismo na alavancagem. "Essa é uma posição
que vamos manter, porque
entendemos essa fragilidade
do banco de investimento."
O negócio pega os principais concorrentes fragilizados por conta da crise e deglutindo fusões e aquisições.
O Bradesco BBI era um dos
principais financiadores da
sucroalcoleira Santa Elisa,
em dificuldades. Já o Itaú
BBA, que passa por fusão
com o atacado do Unibanco,
foi prejudicado por operações com derivativos.
"Dada a situação dos bancos globais, a consolidação
está sendo desfeita. A gente
vai voltar a ter bancos especialistas [em suas áreas] e independentes. A grande vantagem nossa é que não temos
nenhum problema a resolver. Como a gente tem estrutura de custos baixa e uma
remuneração baseada em
performance, consegue navegar com facilidade."
O Pactual vê uma retomada lenta da área de investimento nos próximos meses.
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