São Paulo, terça-feira, 21 de abril de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Bancos de investimento enfrentam crise

DA REPORTAGEM LOCAL

O retorno do Banco Pactual para André Esteves acontece em um dos piores momentos para os bancos de investimento no país. Com a crise global, eles tiveram de reduzir custos e demitir após o fim do ciclo das aberturas de capital na Bolsa, redução das captações, perdas com inadimplência e dificuldades da gestão de recursos. Só a estruturação de fusões e aquisições segue firme.
Com a saída dos suíços, o mercado de capitais brasileiro volta a ter um grande banco de investimentos independente de instituições de varejo, modelo colocado em xeque nos EUA pela crise.
Roberto Sallouti, sócio do novo BTG Pactual, reconhece a fragilidade do modelo e diz que deverá manter o conservadorismo na alavancagem. "Essa é uma posição que vamos manter, porque entendemos essa fragilidade do banco de investimento."
O negócio pega os principais concorrentes fragilizados por conta da crise e deglutindo fusões e aquisições. O Bradesco BBI era um dos principais financiadores da sucroalcoleira Santa Elisa, em dificuldades. Já o Itaú BBA, que passa por fusão com o atacado do Unibanco, foi prejudicado por operações com derivativos.
"Dada a situação dos bancos globais, a consolidação está sendo desfeita. A gente vai voltar a ter bancos especialistas [em suas áreas] e independentes. A grande vantagem nossa é que não temos nenhum problema a resolver. Como a gente tem estrutura de custos baixa e uma remuneração baseada em performance, consegue navegar com facilidade."
O Pactual vê uma retomada lenta da área de investimento nos próximos meses.


Texto Anterior: UBS "devolve" Pactual a antigos sócios
Próximo Texto: Bancos: Bradesco eleva a sua participação no
português BES

Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.