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MERCADO EM TRANSE
Agências de risco rebaixam nota e perspectiva do país; dólar dispara e Bolsa desaba
Risco Brasil só perde para o argentino
DA REDAÇÃO
A deterioração das expectativas
em relação às finanças públicas e
externas brasileiras atingiu ontem
um nível crítico. O risco Brasil
atingiu o patamar dos dias do fim
do regime cambial, em meados de
janeiro de 1999 - só é menor
agora que o da Argentina.
A agência de classificação de risco Fitch IBCA rebaixou a nota que
dá ao crédito brasileiro. A atitude
da Fitch pode ter iniciado a nova
onda de tensão. Na noite de quarta-feira, a agência enviou a seus
clientes o aviso de que rebaixaria
o Brasil. Os motivos que detonaram a crise, há cerca de dois meses, permanecem os mesmos.
Há incerteza em relação ao futuro da política econômica do próximo governo. Há a aversão dos
investidores globais em relação a
assumirem riscos em mercados
perigosos como o latino-americano, pois aumentaram os calotes e
diminuíram as perspectivas de lucro nos Estados Unidos.
De resto, o crescimento do país
é baixo e os juros são altos, o que
aumenta o peso da dívida em relação à capacidade de pagamento.
Há rumores de que há especulação com títulos da dívida externa
brasileira. O mercado começa a pedir novo acordo com o FMI.
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