São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 2002

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MERCADO EM TRANSE

Agências de risco rebaixam nota e perspectiva do país; dólar dispara e Bolsa desaba

Risco Brasil só perde para o argentino

DA REDAÇÃO

A deterioração das expectativas em relação às finanças públicas e externas brasileiras atingiu ontem um nível crítico. O risco Brasil atingiu o patamar dos dias do fim do regime cambial, em meados de janeiro de 1999 - só é menor agora que o da Argentina.
A agência de classificação de risco Fitch IBCA rebaixou a nota que dá ao crédito brasileiro. A atitude da Fitch pode ter iniciado a nova onda de tensão. Na noite de quarta-feira, a agência enviou a seus clientes o aviso de que rebaixaria o Brasil. Os motivos que detonaram a crise, há cerca de dois meses, permanecem os mesmos.
Há incerteza em relação ao futuro da política econômica do próximo governo. Há a aversão dos investidores globais em relação a assumirem riscos em mercados perigosos como o latino-americano, pois aumentaram os calotes e diminuíram as perspectivas de lucro nos Estados Unidos.
De resto, o crescimento do país é baixo e os juros são altos, o que aumenta o peso da dívida em relação à capacidade de pagamento. Há rumores de que há especulação com títulos da dívida externa brasileira. O mercado começa a pedir novo acordo com o FMI.



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