São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 2002

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Sem dinheiro, argentino troca remédio por chá

DE BUENOS AIRES

O setor farmacêutico argentino sentiu fortemente os efeitos da crise econômica nos últimos meses. A única exceção foram as vendas de medicamentos contra a insônia e a depressão, que têm demanda garantida em tempos de crise.
Segundo a Câmara Argentina de Farmácias, as vendas de remédios em geral devem apresentar um recuo de 65% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado.
Já as vendas de medicamentos antidepressivos e calmantes devem apresentar uma retração de apenas 4% na mesma comparação e, mesmo assim, após acumularem uma alta de 38% nos anos de 2000 e 2001.

Bolso vazio
De acordo com a associação argentina, a causa para o menor consumo de remédios é puramente econômica, já que o processo de desvalorização cambial iniciado em janeiro encareceu os medicamentos com insumos importados.
Por isso, a população passou a utilizar cada vez mais chás e remédios sem marca para o tratamento de doenças consideradas de menor gravidade.
Sem dinheiro no bolso, a compra de medicamentos teria ficado praticamente restrita a enfermidades de risco e, mesmo assim, entre as classes mais ricas da população. (JS)


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