DA REDAÇÃO

O déficit na balança comercial dos EUA chegou a US$ 35,9 milhões, batendo o recorde dos meses de abril, divulgou ontem o Departamento do Comércio. O valor representa aumento de 10,7% do déficit em relação a março.
O crescimento no gasto dos americanos com artigos importados e o preço do petróleo foram os responsáveis pelo resultado. A preocupação do governo é que isso, aliado à fragilidade do dólar, afaste investidores estrangeiros e prejudique o crescimento.
As exportações em abril ficar bem abaixo das importações. Os EUA importaram US$ 116 bilhões em abril e venderam apenas US$ 80,1 bilhões.
O aumento no preço do petróleo no período foi fundamental para o resultado das importações. Em abril, o barril registrou a sua maior alta mensal em 12 anos.
O déficit na conta corrente americana -medida mais ampla do comércio do país, pois inclui movimentações de capitais, além das de bens e serviços- também cresceu bastante no primeiro trimestre deste ano. Ele atingiu a marca recorde de US$ 112,5 bilhões, contra os US$ 95,1 bilhões de déficit registrados nos três primeiros meses de 2001.
Economistas e parceiros comerciais americanos temem que o déficit na conta corrente dos EUA, que já representa cerca de 4% do PIB (Produto Interno Bruto) do país, não seja sustentável. Para eles, é cada vez mais difícil manter essa relação à medida que investidores estrangeiros se desfazem de dólares e de investimentos no país, até agora considerados seguros pelo mercado internacional.
Apesar do resultado da balança, alguns indicadores da economia do país, divulgados ontem, registraram melhora. O número de trabalhadores retirando seguro desemprego caiu na última semana. Já o "leading indicators", conjunto de indicadores da economia dos EUA, registrou leve melhora em maio, subindo 0,4%.



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