São Paulo, sexta-feira, 21 de junho de 2002

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TELEFONIA

Reajuste vale na próxima semana; alta deve ser maior na assinatura

Telefônica sobe tarifa em até 19,2%

ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O paulista vai pagar mais caro para usar o telefone. A partir da próxima semana, o preço da assinatura residencial -hoje em R$ 23,32- terá um aumento de 9,4% a 19,2%, informou ontem a Telefônica. O índice exato será definido pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) hoje.
Já o reajuste da assinatura não-residencial atingirá a taxa máxima permitida pela agência: 19,2%. O aumento é bem superior à inflação, que nos últimos 12 meses (de junho de 2001 a maio de 2002) ficou em 6,32% (IPC-Fipe).
"O maior índice de reajuste deve ser aplicado à assinatura e, em seguida, ao pulso", disse Eduardo Navarro, vice-presidente de estratégia competitiva da empresa.
O valor do pulso local sofrerá elevação de 9,4% -taxa que correspondente à inflação medida pelo IGP-DI nos últimos 12 meses. O paulistano paga atualmente R$ 0,09 pelo pulso.
As tarifas das ligações interurbanas também não ficarão livres desses aumentos. O DDD sofrerá aumento de 5%. Todos os aumentos ainda serão autorizados pela Anatel.
Pelas contas da Telefônica, a sua cesta de tarifas locais -que inclui habilitação, assinatura e pulsos- terá aumento de 8,3% a partir da próxima semana.
A boa notícia é que o valor da habilitação da linha apresentará uma redução. O preço cairá de R$ 76 para R$ 50, queda de 34%. É a única diminuição de preços anunciada ontem. As empresas de telefonia fixa só podem reajustar suas tarifas uma vez por ano, segundo regras da Anatel.
Ao reduzir esse valor, a Telefônica abre possibilidade de elevar sua base de clientes -hoje em 12,5 milhões. Um dos riscos dessa estratégia é pressionar a sua taxa de inadimplência. O calote dos consumidores nas empresas de telefonia bateu recordes em 2001, o que fez com que as empresas sofressem reduções nos lucros. A Telefônica registra taxas de inadimplência que variam de 2,5% a 3%, conforme o mês. No ano passado, algumas operadoras chegaram a taxas próximas de 5%.
Para a Telefônica, há uma mudança relevante neste ano. Em 2001, por determinação da Anatel, as empresas não aplicaram reajustes nos pulsos das ligações. Neste ano, isso está liberado. "No ano passado a Anatel fez um pedido para que não fizéssemos reajuste integral no pulso. Neste ano não há nada nesse sentido", disse Navarro.



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