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TELEFONIA
Reajuste vale na próxima semana; alta deve ser maior na assinatura
Telefônica sobe tarifa em até 19,2%
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O paulista vai pagar mais caro para usar o telefone. A partir da
próxima semana, o preço da assinatura residencial -hoje em R$
23,32- terá um aumento de 9,4%
a 19,2%, informou ontem a Telefônica. O índice exato será definido pela Anatel (Agência Nacional
de Telecomunicações) hoje.
Já o reajuste da assinatura não-residencial atingirá a taxa máxima permitida pela agência: 19,2%.
O aumento é bem superior à inflação, que nos últimos 12 meses (de
junho de 2001 a maio de 2002) ficou em 6,32% (IPC-Fipe).
"O maior índice de reajuste deve ser aplicado à assinatura e, em
seguida, ao pulso", disse Eduardo
Navarro, vice-presidente de estratégia competitiva da empresa.
O valor do pulso local sofrerá
elevação de 9,4% -taxa que correspondente à inflação medida
pelo IGP-DI nos últimos 12 meses. O paulistano paga atualmente
R$ 0,09 pelo pulso.
As tarifas das ligações interurbanas também não ficarão livres
desses aumentos. O DDD sofrerá
aumento de 5%. Todos os aumentos ainda serão autorizados pela
Anatel.
Pelas contas da Telefônica, a sua
cesta de tarifas locais -que inclui
habilitação, assinatura e pulsos-
terá aumento de 8,3% a partir da
próxima semana.
A boa notícia é que o valor da
habilitação da linha apresentará
uma redução. O preço cairá de R$
76 para R$ 50, queda de 34%. É a
única diminuição de preços
anunciada ontem. As empresas
de telefonia fixa só podem reajustar suas tarifas uma vez por ano,
segundo regras da Anatel.
Ao reduzir esse valor, a Telefônica abre possibilidade de elevar
sua base de clientes -hoje em
12,5 milhões. Um dos riscos dessa
estratégia é pressionar a sua taxa
de inadimplência. O calote dos
consumidores nas empresas de
telefonia bateu recordes em 2001,
o que fez com que as empresas sofressem reduções nos lucros. A
Telefônica registra taxas de inadimplência que variam de 2,5% a
3%, conforme o mês. No ano passado, algumas operadoras chegaram a taxas próximas de 5%.
Para a Telefônica, há uma mudança relevante neste ano. Em
2001, por determinação da Anatel, as empresas não aplicaram
reajustes nos pulsos das ligações.
Neste ano, isso está liberado. "No
ano passado a Anatel fez um pedido para que não fizéssemos reajuste integral no pulso. Neste ano não há nada nesse sentido", disse Navarro.
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