São Paulo, sábado, 21 de junho de 2008

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EUA vão crescer mais que o previsto, diz FMI

DA EFE

Após constatar desempenho melhor do que o esperado no primeiro trimestre, o FMI (Fundo Monetário Internacional) informou ontem que elevou em 0,5 ponto sua previsão de crescimento para os Estados Unidos. A economia do país deve crescer 1% este ano.
"Os dados de produtividade foram muito favoráveis no primeiro trimestre", disse o primeiro vice-diretor-gerente do FMI, John Lipsky, o número dois da entidade, em entrevista.
A economia dos Estados Unidos cresceu 0,9%, em termos anuais, entre janeiro e março, frente ao 0,6% do último trimestre de 2007.
O FMI aumentou ainda o cálculo de crescimento para 2009, quando a maior economia do mundo deve avançar 0,8%.
Em abril, havia previsão de crescimento de 0,5% para este ano e de 0,6% para 2009.
Para a segunda metade deste ano, o FMI prevê crescimento menor que a média em todos os países industrializados.
Além disso, os emergentes devem atuar como um "bastião econômico", o que tende a ajudar a puxar as nações ricas.
Na América Latina, em particular, o perigo é a inflação, mais do que arrefecimento econômico, afirmou na entrevista Anoop Singh, encarregado do FMI para essa região.
Considerando que os números econômicos dos Estados Unidos foram melhores do que o antecipado, o Fundo recomendou ao Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) manter as taxas de juros inalteradas, após as reduções drásticas desde agosto, quando os problemas no mercado imobiliário detonaram a turbulência financeira.

Juros
Analistas avaliam que o Comitê do Mercado Aberto do Fed compartilha a visão do Fundo e que não alterará a taxa de juros em sua reunião na próxima semana.
Para o FMI, há "sinais" de que as perspectivas de inflação estão em alta nos Estados Unidos. Por isso, disse que é possível que o Federal Reserve tenha que elevar as taxas de juros "rapidamente", após consolidada a recuperação econômica.
Em todo caso, o FMI destacou que o "caráter extraordinário" das crises financeira e imobiliária "gera uma grande incerteza" ao estimar o provável desempenho da economia.
Por um lado, afirmou que é provável uma recuperação mais rápida.
Por outro, disse que "existe uma possibilidade preocupante" de que o arrefecimento econômico gere mais perdas.
Os analistas do FMI fizeram a avaliação da economia americana após reuniões com autoridades do país.


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