São Paulo, sábado, 21 de junho de 2008

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

PONTOS POSITIVOS
O anúncio do governo de dar R$ 78 bilhões à agropecuária no plano de safra que será divulgado no próximo mês tem dois pontos positivos: os juros estão menores e o valor disponibilizado é maior. A avaliação é de Flávio Turra, gerente técnico e econômico da Ocepar.

PONTOS NEGATIVOS
Mas esse valor fica bem abaixo dos R$ 110 bilhões necessários estimados pelos produtores, conforme consenso entre cooperativas e CNA. Os custos tiveram forte elevação, segundo Turra. Só os fertilizantes ficaram 82% mais caros da safra passada para esta, diz ele.

PRESSÕES
Na avaliação da Ocepar, entidade que representa as cooperativas do Paraná, os fertilizantes representam, em média, 25% dos custos de produção. O peso maior ocorre no milho, com 35%.

NOVO RITMO
O álcool hidratado subiu 6% na semana e foi para R$ 0,677 por litro na porta das usinas. O litro do anidro foi a R$ 0,771, com alta de 0,4%. Os dados são do Cepea.

ESTRAGO MAIOR
Na avaliação dos prejuízos, os produtores de Iowa, no Meio-Oeste dos EUA, podem ter perdido mais do que se imaginava no início. Dados do Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) indicam que esse valor pode chegar a US$ 3 bilhões apenas no setor de grãos.

REPASSES
Após vários dias debaixo d'água, as safras de soja e de milho vão cair em relação às estimativas iniciais, já que Iowa é o principal produtor norte-americano de grãos. Essa quebra eleva os preços e já preocupa os produtores de carne, que vão ter alta no custo da ração.

PADRONIZAÇÃO
Os consumidores de milho devem traçar estratégias comuns. Uma delas é criar um banco de dados com informações confiáveis sobre os números do setor. Isso evita distorções no mercado e interpretações erradas. A proposta foi feita por Leonardo Sologuren, da Céleres, na Abramilho (associação do setor).

MOMENTO DELICADO
As exportações mundiais de milho estão concentradas em três países: Estados Unidos, Brasil e Argentina, que respondem por 85% do mercado, segundo Sologuren. Com os problemas nos EUA e na Argentina, a procura pelo produto brasileiro vai aumentar, o que deve elevar os preços.

VAI A R$ 96
A arroba de boi voltou a subir no mercado paulista e atingiu R$ 96 ontem, conforme acompanhamento de preços do Instituto FNP. Sem escala, os exportadores elevaram o valor das ofertas.


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