São Paulo, sexta-feira, 21 de julho de 2000


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TEMPERATURA BAIXA
Valor é a soma de prejuízos com café (para a próxima safra), milho safrinha, trigo e cana-de-açúcar
Perdas com geadas podem chegar a R$ 1 bilhão no PR

FERNANDA SANTIAGO*
DA AGÊNCIA FOLHA

As perdas em virtude das geadas que atingiram o Paraná podem atingir o valor de R$ 1 bilhão, se forem somados os prejuízos verificados no café (para a próxima safra), no milho safrinha, no trigo e na cana-de-açúcar.
Só os prejuízos com o café podem chegar a R$ 320 milhões, valor que corresponde a 2,1 milhões de sacas.
Dos 162 mil hectares de café plantados no Estado, 142 mil, que estão em franca produção, foram os mais atingidos.
Os dados são de um levantamento preliminar elaborado pela Secretaria Estadual da Agricultura.
O presidente da Sociedade Rural Brasileira, Luís Marcos Suplicy Hafers, acredita que a safra do café no país para o próximo ano fique em torno de 17 milhões de sacas, contra os 40 milhões que haviam sido anteriormente previstos.
Isso significaria, segundo ele, "um desastre para o Brasil" e "fôlego para os concorrentes internacionais".
Hafers citou a Colômbia e os países localizados na América Central e na África como os grandes beneficiados com a quebra da produção brasileira, causada pelas geadas.
Além do café, as lavouras paranaenses de milho safrinha, cana-de-açúcar, trigo, frutas e hortaliças também foram atingidas pelas geadas.
A produção de trigo, conforme a estimativa da Secretaria da Agricultura, deve ter quebra de 600 mil toneladas, o equivalente a R$ 123 milhões.
O prejuízo com a cana-de-açúcar, ainda de acordo com a Secretaria de Agricultura, está estimado em R$ 40 milhões -2,5 milhões de toneladas.

Santa Catarina
O frio que atinge Santa Catarina afetou as plantações de tomate, pimentão, berinjela, batata-doce, chuchu, feijão-vagem e banana, localizadas no litoral.
Segundo o agrônomo Guido Boing, do Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina, ainda não há um levantamento do percentual de cultivo que foi perdido "porque são áreas muito pequenas e pulverizadas".
Já as culturas de maçã, pêssego e ameixa foram beneficiadas pelas baixas temperaturas.
"Esses cultivos exigem algumas horas de frio para que tenham uma boa floração", explica o agrônomo.


Colaboraram José Maschio e Fernanda Krakovics, da Agência Folha


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