DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O CDPC (Conselho Deliberativo da Política do Café) reafirmou ontem que o programa de retenção do café será mantido integralmente, mesmo após as geadas que prejudicaram as lavouras cafeeiras do sul do país. O programa faz parte de um acordo da APPC (Associação dos Países Produtores de Café) para elevar o preço do café no mercado internacional.
Os países produtores se comprometeram a reter 20% do volume a ser exportado até que o preço do café atinja US$ 0,95 por libra-peso, segundo a média registrada em um período de 15 dias.
O Brasil tem cerca de 180 mil sacas depositadas, o que permite a exportação de 900 mil sacas.
Na avaliação do conselho, de 80% a 90% da safra do Paraná foi comprometida até agora pelas geadas. O Estado é o mais prejudicado pelo fenômeno climático.
O governo adotará medidas para amenizar os efeitos causados pelas geadas. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, na quarta-feira durante visita ao Paraná.
Entre as providências, está a promessa de acelerar a liberação de recursos do seguro para os agricultores com financiamento agrícola do governo. Para quem não tem o seguro, o governo deve prorrogar o prazo de pagamento dos empréstimos de custeio. No caso dos produtores sem financiamento e seguro, o governo criou um grupo que avaliará as perdas e decidirá a estratégia.



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