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OPINIÃO ECONÔMICA
Petrobras em alta
PAULO BERNARDO
Há números que falam por
si. Caso claro e indiscutível
da Petrobras: estudos realizados
por corretoras que atuam no mercado mobiliário demonstram que
o resultado do primeiro semestre
de 2003 foi altamente positivo para quem aplicou em ações da estatal. Na Bovespa, as ações da Petrobras tiveram uma valorização de
22% entre 31 de dezembro de
2002 e 14 de julho deste ano. No
mesmo período, os ADRs negociados em Nova York se valorizaram em 47%.
Nesse cenário de sucesso, a Petrobras cumpre com determinação e eficiência seu papel de impulsionar o desenvolvimento nacional. No planejamento estratégico para o período 2003-2007, os
investimentos programados pela
companhia alcançam US$ 34 bilhões, o que permitirá a geração
de 141 mil postos de trabalho.
E, pela primeira vez em sua história, há apenas dois meses, a Petrobras entrou para o ranking das
marcas mais valiosas do Brasil, de
acordo com estudo de consultoria
internacional que avalia o resultado proporcionado pela marca aos
acionistas da empresa. A estatal
brasileira ocupa a sexta posição,
com um valor de US$ 286 milhões, em um ranking que inclui
todas as empresas brasileiras de
capital aberto, entre elas as filiais
de multinacionais.
Nada é por acaso. Nem mérito
isolado. Mas os fatos se sucedem,
como importante simbologia,
exatamente nos primeiros seis
meses da nova gestão Petrobras,
quando a empresa comemora resultados financeiros extraordinários, atendendo ao direito fundamental de seus acionistas, entre os
quais 300 mil trabalhadores brasileiros. Além de priorizar uma nova visão de responsabilidade social e de relação com seus empregados.
A Petrobras é a maior empresa
do país e uma das maiores do
mundo no setor energético. Aos
50 anos, é a máxima demonstração da capacidade empreendedora do povo brasileiro. No contexto
mundial, é referência de avanços
tecnológicos e da luta de toda a
nação para construir sua independência econômica. No plano
interno, assumiu, e continuará assumindo, sem prejuízos para a
eficiência econômico-financeira
da companhia, seu papel de grande propulsora do desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Nessa linha, a Petrobras exigiu
um conteúdo nacional mínimo
de 60% a 70% na construção de
suas plataformas, contribuindo
para fortalecer a indústria brasileira, sem engessar sua ação empresarial.
O governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva tem o compromisso de projetar, cada vez
mais, a Petrobras como empresa
de ponta, com alta capacidade de
incrementar a matriz energética
brasileira. E é com esse objetivo
que atua a direção da Petrobras,
garantindo o sucesso do empreendimento e aumentando sua
competitividade, com atenção especial às questões de segurança,
ambiente e saúde.
Os resultados do primeiro semestre de 2003, sob o comando
do geólogo e ex-senador José
Eduardo Dutra, confirmam o sucesso da nova gestão, desmentindo com números consistentes os
prognósticos catastrofistas de um
grupo claramente movido por interesses pessoais, e não nacionais.
Contrariando o desejo e as afirmações do deputado José Carlos
Aleluia (PFL-BA), publicadas
neste mesmo espaço há uma semana, a Petrobras, em seis meses,
captou, no exterior, recursos da
ordem de US$ 2,7 bilhões, mais
do que o volume estimado de captações para todo o ano de 2003,
que era de US$ 2,5 bilhões. A mais
recente operação lançada no mercado internacional, no início de
julho, superou todas as expectativas. Foram captados US$ 500 milhões para serem pagos em dez
anos, sem nenhuma garantia bancária -demonstração clara da
robustez da companhia e da confiança depositada na atual gestão
pelos investidores internacionais.
Esses recursos estão sendo investidos com a eficiência característica da empresa para que o Brasil atinja, em 2006, a sonhada auto-suficiência na produção de petróleo. Sete novas descobertas foram registradas até a primeira
quinzena de julho, com perspectivas de ampliação em 20% das reservas nacionais e ampliando-as
em cerca de 2 bilhões de barris de
óleo equivalente. As reservas, em
dezembro de 2002, eram de 11 bilhões de barris.
Na bacia de Santos foi confirmada a maior descoberta de gás
natural já ocorrida na plataforma
continental brasileira, com reservas da ordem de 70 bilhões de m3,
aumentando em 30% as reservas
provadas brasileiras de gás natural. No Espírito Santo foi descoberta nova província petrolífera,
onde, sem computar a nova reserva, já se estima a existência de
aproximadamente 2,1 bilhões de
barris de óleo.
A consolidação da compra da
petroleira argentina Perez Companc possibilitou à estatal brasileira entrar para o seleto grupo
das companhias de petróleo de
capital aberto que produzem
mais de 2 milhões de barris de petróleo por dia.
O descontentamento de Aleluia,
depois de perder influência política sobre a regional baiana da Petrobras, era esperado. Mas é no
mínimo irresponsável semear o
pânico onde só há razões para otimismo e comemoração. Sobretudo porque as razões que o movem
são de ordem política, e não de
competência.
Paulo Bernardo é deputado federal (PT-PR).
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