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MERCADO ABERTO
ABN Amro mantém aposta no Brasil
O ABN Amro mantém sua
aposta no Brasil e acaba de
decidir reinvestir mais R$ 1
bilhão neste ano para reforçar suas operações no país. A
afirmação é de Fábio Barbosa,
presidente do ABN Amro do
Brasil, ao comentar a notícia de
que um dos fundos do banco no
exterior para países emergentes
havia decidido vender todos os
títulos da dívida brasileira.
Na terça, Raphael Kassin, do
ABN Amro Bank NV, anunciou
que tinha zerado sua posição em
relação aos títulos soberanos brasileiros. Ele alegou temor de que
as denúncias de corrupção no
governo Lula gerassem desaceleração do crescimento do país.
Segundo Barbosa, o fundo de
Kassin não reflete a posição do
ABN Amro no Brasil nem da sede, em Amsterdã. Ele explicou
que esse fundo funciona de forma independente. "Como esse
fundo, existem milhares no banco que cuidam do dinheiro de
terceiros." Há, segundo ele, uma
"muralha da China" separando a
área de fundos que investem o
dinheiro de terceiros da política
de investimentos do banco.
Barbosa diz que o banco mantém firme a aposta de reforçar os
investimentos no Brasil, tanto
que acaba de decidir reinvestir o
dinheiro que obteve com a venda
recente da Real Seguros para a seguradora japonesa Tóquio Marine. A seguradora foi vendida por
R$ 1 bilhão. O dinheiro entrou na
semana passada na conta do
ABN Amro. O banco vai investir
principalmente na área de varejo,
que é a que tem registrado maior
crescimento. A idéia é a de aumentar a rede de agências.
Barbosa afirma que a decisão
de continuar a acreditar no Brasil
se deve ao fato de todos os sinais
na economia continuarem bastante positivos. Segundo o executivo, a inflação está em queda, a
demanda por empréstimos continua forte e a desaceleração na
economia não foi tão grande. O
banco prevê um crescimento de
3,3% do PIB neste ano.
"A perspectiva é a de os juros
começarem a cair em breve",
afirma. "A crise política não contagiou a economia. O país tem
mostrado muita maturidade."
ESCOVA POPULAR
A Oral-B, marca de produtos de higiene bucal da Gillette,
aposta no segmento de escovas dentais de baixo preço para
crescer no Brasil. A empresa, que só em 2004 estreou no chamado segmento de entrada, quer ampliar sua presença no ramo.
Segundo Pedro Janowitzer, gerente da marca no Brasil, o setor é
o que apresenta as maiores taxas de crescimento no país. "O
mercado de escovas é bastante maduro, mas ainda há espaço
para crescer porque o brasileiro troca as escovas com pouca freqüência." Mesmo com uma mudança nos últimos anos, Janowitzer diz que o Brasil ainda está distante dos países desenvolvidos no consumo de escovas. Nos EUA, a média passa de duas
unidades por habitante/ano. No Brasil, não chega à metade.
A LISTA DO AVIÃO
O Banco Rural encaminhou
ontem ao DAC, a pedido da CPI
dos Correios, a lista dos passageiros que voaram nos jatos da
instituição nos últimos dois anos
e meio. O nome do publicitário
Marcos Valério de Souza aparece
uma única vez, mas o Banco Rural já informou à CPI que ele
voou outras vezes. O DAC não
exige o registro dos nomes dos
passageiros, e sim apenas a informação do número de pessoas
no vôo. Por isso, na lista, muitas
vezes só aparece o número de
passageiros, e não os nomes.
NO COLCHÃO
A fabricante de colchões Probel inaugura hoje uma nova fábrica em Goiás. A empresa investiu cerca de R$ 6 milhões no
projeto. O objetivo, segundo o
presidente da Probel, José Vasquez, é atender aos mercados regionais com fábricas locais.
LUCRO NO LANCHE
O McDonald's teve no primeiro semestre um aumento de 15%
no lucro no Brasil ante o mesmo
período do ano passado. Mundialmente, a alta foi de 7,1%.
APOSTA NA COR
De volta ao Brasil há menos de
um ano, a japonesa Sharp anuncia hoje uma nova estratégia no
mercado de multifuncionais
(que funcionam como copiadora, impressora e scanner). Ela
oferecerá aos clientes equipamentos que ofereçam impressões coloridas a custos próximos
aos das impressões em P&B.
APOIO ÍNTIMO
A Rhodia será a patrocinadora
do Salão Lingerie Brasil 2005, de
7 a 9 de agosto, em São Paulo.
EFEITO FISCALIZAÇÃO
A arrecadação de ICMS de supermercados subiu 16%, e a de
lojas de departamento, 33%, nos
12 meses acumulados até abril
ante o período imediatamente
anterior, segundo a Secretaria da
Fazenda do Estado de SP.
DIREITO DO INVESTIDOR
A Anbid (associação dos bancos de investimento) realiza em
17 de agosto o seminário "Direito do Mercado de Capitais", em
SP. Os temas serão derivativos e
direito dos minoritários.
MERCADO CONSCIENTE
Os executivos brasileiros estão cada vez mais conscientes
em relação à situação no concorrido mercado de trabalho.
Essa é uma das conclusões de
pesquisa recém-concluída
pela Lens & Minarelli sobre
as práticas de demissão nas
principais empresas do país.
Dos 200 executivos demitidos
em 2004 e ouvidos, cuja média de idade era de 44,7 anos e
índice de 91,1% com curso superior e de 69% com MBA ou
pós-graduação, quase a metade (47,3%) tinha algum plano
para o caso de perder o emprego. Também sinal dessa
conscientização, 46,5% esperavam ser demitidos. Outro
aumento foi o de executivos
que disseram ter se sentido
aliviados com a demissão, de
34% para 44,5%. Para Mariá
Giuliese, diretora-executiva
da consultoria, as razões passam pelas angústias geradas
por condições e contradições
do ambiente de trabalho.
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