DA FOLHA ONLINE

DA REDAÇÃO

A Kodak do Brasil terá de demitir parte dos 270 funcionários da área administrativa. A medida faz parte da estratégia global da companhia, que anunciou ontem o corte de 10 mil trabalhadores em todo o mundo. Com isso, a redução de mão-de-obra no fabricante de material fotográfico chegará a 25 mil -a empresa já havia anunciado a eliminação de 15 mil vagas em janeiro de 2004.
O presidente da subsidiária brasileira, Junji Yamamoto, disse que os cortes atingirão novamente os funcionários da fábrica de São José dos Campos (91 km de SP), que será desativada até o final do ano. Ele não disse, entretanto, quantas pessoas serão demitidas desta vez. "Não serão todos os funcionários. Não sabemos ainda qual será o percentual de corte. Deverá ser um percentual menor que a média mundial", disse.
Os novos cortes anunciados pela Kodak vão diminuir o número de funcionários da empresa para menos de 50 mil no mundo.
A Kodak também disse ontem que teve prejuízo de US$ 146 milhões no segundo trimestre, ante lucro de US$ 136 milhões no mesmo período de 2004. As vendas subiram 6% para US$ 3,7 bilhões.
A Kodak está mudando sua estratégia para tentar conquistar espaço em fotografia digital, imagens médicas e impressão comercial, já que os lucros da empresa com fotografia com filme estão caindo rapidamente.
Segundo analistas, a Kodak demorou para entrar no mercado de fotografia digital e precisa completar a mudança rapidamente para que continue competitiva.
A HP havia anunciado anteontem o corte de 14,5 mil pessoas, ou 10% de sua força de trabalho, para economizar US$ 1,9 bilhão por ano.

Brasil
A Kodak do Brasil já havia anunciado neste ano o corte de 380 dos 650 funcionários da fábrica de São José. Todos eles eram ligados ao setor de manufatura.
Os 270 restantes -ligados ao setor de não-manufaturados (administrativo)- terão seu futuro profissional decidido agora. Yamamoto informou que o plano de enxugamento de mão-de-obra deverá ser concluído em até três anos.


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