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CONTA VIGIADA
Intuito é reaver recurso
Caribe dará informação sobre o Banco Santos
DA REUTERS
A investigação das fraudes cometidas no Banco Santos ganhou
dimensões internacionais. Autoridades regulatórias brasileiras e
do Caribe concordaram neste
mês em trocar informações para
acelerar a recuperação de fundos
desviados de credores.
Ao fazê-lo, os investigadores esperam deslindar um plano que
envolvia movimento de dinheiro
por quatro países, entre os quais
os EUA, de acordo com o advogado de um dos credores e com documentos obtidos pela Reuters.
Os credores perderam cerca de
US$ 1 bilhão investido em bancos
controlados por Edemar Cid Ferreira, ex-dono do Banco Santos,
ou ligados a ele. O Banco Central
informou que cerca de US$ 230
milhões foram perdidos no Brasil,
enquanto um total de US$ 700
milhões representa as perdas
combinadas de dois bancos sediados em paraísos fiscais, de acordo
com o processo de liquidação do
grupo.
Ainda que bancos brasileiros de
maior porte tenham falido no
passado, há quem diga que o caso
do Santos é especialmente alarmante porque destaca o desafio
que a luta contra a lavagem de dinheiro representa no país.
"É a mais descarada fraude bancária da história brasileira", disse
Barry M. Wolfe, advogado que representa no Brasil um credor internacional do banco e o governo
de Antígua.
A Polícia Federal acusou Edemar de crimes financeiros e lavagem de dinheiro e apreendeu centenas de peças de arte em sua casa.
No início do mês, a Justiça abriu
processo contra o banqueiro após
pedido do Ministério Público.
Agora, o suposto papel do ex-banqueiro no estabelecimento de
"holdings" e bancos no Caribe começa a atrair mais atenção. Autoridades regulatórias brasileiras e
de Antígua se reuniram para trocar informações neste mês e estão
coordenando suas ações com as
das Ilhas Virgens Britânicas.
Edemar Cid Ferreira, por meio
de seus advogados, já negou que
tenha cometido irregularidades
na condução dos negócios do
Banco Santos.
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